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Expedição multidisciplinar à Reserva Sustentável do Tupé começa dia 4/07 e ainda tem vaga
O sociólogo e professor da PUC-Campinas Duarcides Ferreira Mariosa está há mais de 12 anos no Projeto Biotupé

Expedição multidisciplinar à Reserva Sustentável do Tupé começa dia 4/07 e ainda tem vaga

Todos os anos, no mês de julho, um grupo de pesquisadores, estudantes e brasileiros preocupados com a questão socioambiental e a proteção dos recursos humanos e naturais brasileiros viajam de Campinas à Amazônia, mais precisamente à Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, para realizar um trabalho multidisciplinar. O objetivo não é meramente fazer um passeio. A viagem faz parte do projeto Biotupé, que se propõe a conhecer, divulgar e contribuir para a melhoria das condições de vida da população local. Ainda há vagas disponíveis para a expedição de 4 a 9 de julho deste ano.
O viajante vai percorrer o Rio Negro de Barco-leito, participar das atividades e costumes da comunidade e conviver com a população, ainda hoje vista com os olhos do ‘estrangeiro’, quase o mesmo olhar dos portugueses quando aqui chegaram. O Brasil continua, portanto, não conhecendo o Brasil.
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O projeto Biotupé tem a responsabilidade do sociólogo e professor da PUC-Campinas Duarcides Ferreira Mariosa, que há mais de 12 anos acredita ser preciso conhecer o Brasil de fato para conseguir mudar este olhar de ‘estrangeiro’. A expedição oferece esta oportunidade, além do aprendizado, a vivência e o verdadeiro mergulho no Brasil, sua cultura e seu povo.
Interessados
Os interessados devem enviar e-mail para viagemaoprojetobiotupe@gmail.com , por onde serão informados a respeito dos valores, dos documentos necessários, e de como efetivar a inscrição. Há vários vídeos disponíveis no Youtube que mostram um pouco do que estes viajantes realizam por intermédio do projeto Biotupé.
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De acordo com o professor Mariosa, os primeiros anos do Biotupé foram dedicados ao meio físico e diversidade biológica, mas desde 2004 suas atividades estão voltadas particularmente para aspectos da organização comunitária e geração de renda a partir do uso dos recursos naturais existentes. Neste período foram realizados estudos de atividades alternativas de geração de renda, organização comunitária, popularização científica e outros que propiciaram a caracterização socioeconômica, demográfica e ambiental da região da Reserva do Tupé.
Também foi possível desenvolver uma ferramenta de gestão socioambiental, com informações e parâmetros para a organização de uma metodologia apropriada ao desenvolvimento econômico sustentável para territórios ambientalmente vulneráveis e de proteção, a que se denominou de IQSA (Índice de Qualidade Sócio-Ambiental).
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Exposição
Em novembro de 2016, as fotos da expedição realizada em julho do ano passado ganharam exposição na Biblioteca Cesár Lattes (Central) da Unicamp. As imagens do trabalho multidisciplinar do Projeto Biotupé foram organizadas em quatro eixos:
  1. “‘O Paiz das Amazonas’”, com o mesmo título do consagrado documentário de Silvino Santos, “No Paiz das Amazonas” (1921), a seção evidencia as paisagens naturais;
  2. “Entre arquiteturas e paisagens híbridas” visita Manaus, a mancha urbana entre os rios mais caudalosos do planeta, encravada no coração da maior floresta tropical do mundo;
  3. “Tipos e Mitos” retoma as histórias dos moradores locais que, entre a permanência da cultura indígena e as demandas de uma modernização constante, evidenciam os conflitos e ritos do cotidiano;
  4. “Ainda o Brasil dos Viajantes” narra a trajetória do grupo de professores, alunos, jornalistas e pesquisadores conduzidos pelo Prof. Dr. Duarcides Mariosa ao longo da sociabilidade e das paisagens da Reserva do Tupé.

Saiba mais sobre o projeto:

Viagem à Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé – Manaus/AM

Sobre Adriana Menezes

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