O pastel foi inventado, na forma que conhecemos hoje, provavelmente no século XV na França. No entanto, sobre uma forma mais rudimentar, o pastel sempre existiu, podendo-se mesmo considerar o procedimento usado nas pinturas realizadas nas cavernas pelo homem pré-histórico bem próximo ao do utilizado pelos pastelistas atuais. Pois um tributo ao pastel é justamente o que Marcos Garcia apresenta a partir de hoje na Galeria Virtual da Agência Social de Notícias.
A técnica do pastel, lembra Garcia, está presente em obras de grandes mestres da história da arte. No século XVII, foi um meio de expressão em voga nas cortes da Europa. No século XIX, Degas, De Chavanne e Toulouse-Lautrec foram exemplos de grandes mestres do pastel. “E no século XX podemos citar a célebre obra do artista norueguês Edvard Munch. O grito, que na sua versão mais conhecida de 1893, exposta no Museu de Oslo, utilizou óleo e pastel sobre cartão. Já a versão de 1895, obra mais cara já arrematada em um leilão até hoje, foi realizada em pastel sobre cartão”, completa Garcia.
Marcos Garcia iniciou em Campinas seus estudos de pintura com o professor Alberto Teixeira, em 1980. No ano seguinte seguiu para Paris onde estudou e morou durante 10 anos. Foi aluno do artista plástico Luis Ansa, professor do Institut National de Restauration du Louvre e do cenógrafo Roberto Plate, com o qual realizou vários cenários para teatros franceses e para Ópera de Paris. Em 1986 se formou em Artes pela École Superieur de Peinture Van der Kelen em Bruxelas. Realizou em 1990, após várias exposições coletivas, sua primeira exposição individual no Relais Culturel de Chaillot em Paris.
De volta ao Brasil, em 1991 se instalou em Campinas onde passou a trabalhar ativamente na decoração de finas residências e locais comerciais. Realizou em 1992 um painel para o Shopping Praia de Belas em Porto Alegre. Em 1999 Participou em Itu do restauro do casarão destinado à instalação do Museu da Energia de São Paulo. Restaurou o painel do salão nobre da Associação Atlética Ponte Preta, pintado por Thomas Perina, na década de 50.
Em 2001 realizou uma exposição individual no Centro de Convivência Cultural de Campinas e recebeu, nesta ocasião, a Medalha Carlos Gomes da Câmara de Vereadores de Campinas.
Entre 2002 e 2003 restaurou a Capela da Casa de Saúde de Campinas e realizou duas exposições individuais, no Tênis Clube de Campinas e no Centro Cultural Anglo de Amparo.
Restaurou a Sede da Corporação Carlos Gomes, trabalho concluído em setembro de 2006. Em maio de 2007 realizou uma grande exposição individual no Museu de Arte Contemporânea de Campinas, e em agosto participou de uma exposição coletiva no saguão da Estação Cultural.
Trabalhou no restauro do acervo de esculturas do 11ª Brigada de Infantaria leve de Campinas durante os anos de 2013 e 2014.
Em 2018 realizou uma exposição na galeria do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas com o nome “É Primavera”. Contou com a curadoria da produtora cultural Lígia Testa. Foram 12 obras expostas, todas em pastel seco.
Marcos Garcia é mais um talento de Campinas e região a expor na Galeria Virtual da Agência Social de Notícias. O espaço foi aberto justamente para apresentar e valorizar os grandes criadores na fotografia e artes plásticas.