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O 14º Arraial Afro-Julino da Comunidade Jongo Dito Ribeiro acontece nestes dias 8 e 9 de julho
Comunidade Jongo Dito Ribeiro (Foto Divulgação)

O 14º Arraial Afro-Julino da Comunidade Jongo Dito Ribeiro acontece nestes dias 8 e 9 de julho

Acontece neste sábado e domingo, dias 8 e 9 de julho, o 14º Arraial Afro-Julino da Comunidade Jongo Dito Ribeiro. É a maior festa organizada pela sociedade civil em Campinas e região, com a participação de cerca de 5000 pessoas. É uma festa julina de culturas afro-brasileiras, anual, com duração de 18 horas, que ocorre sempre no segundo sábado do mês de julho. Em 2017 começa neste sábado, às 12 horas, na Casa de Cultura Fazenda Roseira, que também abriga o primeiro Centro de Referência Jongueiros do Sudeste – Comunidade Jongo Dito Ribeiro, do estado de São Paulo. O encerramento será às 6 horas de domingo, 9 de julho.

O 14º Arraial Afro Julino é Patrimônio Cultural Imaterial de Campinas, é evento do calendário oficial turístico do Estado de São Paulo, evento oficial no calendário de Campinas e abre as comemorações de aniversário da cidade, que completa 243 anos no dia 14 de julho.

A festa inicia tradicionalmente com o terço a São Benedito e depois segue com apresentações culturais e artísticas de grupos parceiros de diversas localidades do estado de São Paulo, entre outros estados, do segmento afro. Tem jongo, samba, maracatu, bateria, rap e outras manifestações culturais afro-brasileiras, além da disposição de barracas de comidas típicas da culinária afro, pratos juninos, vestuários e artesanato.

A Festa acontece na sede da comunidade a Casa de Cultura Fazenda Roseira, sede da comunidade jongueira instalada em uma antiga fazenda, na periferia de Campinas. A entrada custa 2 quilos de alimento não-perecível ou o valor de R$ 10,00. Os alimentos serão doados para o banco de alimentos da Prefeitura Municipal de Campinas.

Toda a elaboração, desenvolvimento, divulgação e organização do Arraial é realizada pela própria comunidade, unindo gerações, amigos, parceiros e familiares no maior evento realizado pela Comunidade Jongo Dito Ribeiro. A Casa de Cultura Fazenda Roseira está localizada na rua Domingos Haddad, n° 01 em frente ao Hospital da PUC-Campinas II, dentro do Residencial Parque da Fazenda – rua s/ saída.

Programação Detalhada:

Terço – O terço é uma das formas de agradecimento a São Benedito por sua proteção à Comunidade Jongo Dito Ribeiro. Neste ano será conduzido pela Pastoral Afro da Arquidiocese de Campinas.

Afoxé Ibaô Inã ati Omi – Em síntese o IBAÔ se propõe a criar, unir e multiplicar as ações em rede, por meio de parcerias com outras comunidades, grupos, instituições que compartilham da diversidade cultural, colaborando com o desenvolvimento pessoal e coletivo, por meio de propostas e iniciativas de salvaguarda e memória dos ofícios, costumes, tradições e saberes da nossa cultura, em especial, a preservação da memória de Mestre Tedi.

Capoeira Semente do Jogo de Angola – O Grupo de Capoeira Semente do Jogo de Angola é uma entidade civil sem fins lucrativos, de caráter social, cultural, beneficente assistencial, fundado por Jorge Egídio dos Santos – “Mestre Jogo de Dentro”- em 09 de Setembro de 1990, no Teatro Miguel Santana – Pelourinho – Salvador-Bahia. Em Campinas é liderado pelo contramestre Danny.

Resistência du Gueto – Resistência du Gueto é um grupo de rap formado na cidade de Campinas em 2001 por Ngo e Gino. Em sua primeira formação desenvolvia seu trabalho com a banda da Casa de Cultura Tainã e a orquestra de tambores de aço (Steel​-druns ), instrumento de origem caribenha de Trinidad Tobago. Ganhou em primeiro lugar no primeiro festival de Rap do Maria Maria em 2006 concorrendo com 26 grupos de rap. A nova formação do grupo é composta por Ngo, MT Beck, Nelson Fumaça, GM e Dinho, em memória aos MCS que fizeram parte do grupo Higino M da Silva e Henrique.

Grupo Urucungos Puítas e Quijengues – Com a liderança de Alceu Estevam e Rosa Líria Pires Sales, o Urucungos foi fundado em 1988 na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), através de um curso de extensão, ministrada pela professora de cultura popular Raquel Trindade que o batizou de Urucungos (Berimbau), Puítas (Cuíca) e Quijêngues (Tambor), instrumentos musicais africanos provenientes de Angola e muito difundidos no Brasil. O grupo tem como missão principal resgatar, preservar e divulgar a cultura popular brasileira de acordo como ela é manifestada nas suas origens e apresentada ao público danças circulares afro brasileiras como o Coco de  Alagoas, Samba Lenço, Samba de Bumbo, Samba de Roda. A marca  principal do Urucungos é fazer com que o público participe das suas  performances, criando um ambiente de integração coletiva, onde a música, a  dança e as cantorias  misturam-se com as energias das pessoas,  formando neste momento a verdadeira manifestação popular, que é a participação do público.

Bateria Alcalina – O Instituto de Artes da UNICAMP é o berço da Bateria Alcalina: em 2003, estudantes da universidade e percussionistas de São Paulo e Campinas formaram esta bateria universitária, que logo se destacou por sua proposta e características singulares. Além do samba, interpreta diversos ritmos afro-brasileiros adaptados para a formação de bateria de escola de samba.

Aureluce – Aureluce Santos nasceu em Campinas e ensaiou suas primeiras notas no Coral Maria Neves Baltazar até se revelar ao interpretar vários sambistas. Atualmente é reconhecida como “a Dama do Samba de Campinas”, atraindo plateias de todas as idades.

Ilu Obá de Mim – Bloco Afro Ilú Obá De Min é composto atualmente por 90 mulheres ritmistas oriundas das oficinas e o Corpo de Dança Ilú Obá De Min, para a realização de um cortejo na sexta feira de carnaval pelas ruas do centro da cidade. A repercussão do projeto desenvolvido há 6 anos atraiu para o carnaval de 2010 público em torno de 8.000 pessoas, algumas vindas de outros municípios e estados especialmente para esta manifestação.Os cortejos de blocos nas cidades de São Paulo, ainda longe da tradicionalidade que possuem em outras capitais como o Rio de Janeiro, Recife e Bahia, aos poucos vêm atraindo um número maior de adeptos deste tipo de diversão. O Ilú Obá, com sua proposta inovadora e única , tornou-se referência étnico-cultural e educativa, tendo sido premiado pelo Prêmio Culturas Populares Mestre Humberto Maracanã 2008 – SID/MINC ao lado de grandes iniciativas culturais brasileiras.

Forró Mandaçaia – Formado por músicos que já possuem vivência desde sempre na cultura da música nordestina, o Forró Mandaçaia celebra e pede a benção dos Santos cultuados em fogueiras, promessas, simpatias, buscando tudo que há de bom, de festa, de reza, de trabalho. Viva Santo Antônio! Viva São João! Viva São Pedro! Viva S’Antana! E todos os outros santos que gostam de festa! Na Sanfona e voz: Rafa Virgolino; Zambumba e voz: Dani Virgolino; Triângulo e Voz: Fran Nóbrega e voz principal: Andréia Preta. Música de Rosil Cavalcante e Jackson do Pandeiro.

Forró Quixaba – O Forró Quixaba é um grupo de jovens músicos de São Paulo: Tauan Duque – Sanfona e Voz,Thais Ribeiro – Flauta, Triângulo e Voz,Ribeka,Suzuki – Pandeiro e Triângulo,Gabriel Conceição – Zabumba

Jongo do Tamandaré – O Jongo da saudosa tia Mazé, do bairro do Tamandaré em Guaratinguetá, existe há mais de 100 anos e que há 11 anos apadrinhou a Comunidade Jongo Dito Ribeiro e a ensinou a pisar na tradição e reconhecer suas origens.

Porão com os Djs – O DJ Lucas Barata é natural de Salvador, Bahia. Sediado em São Paulo desde 2001 e realiza atividades como DJ, Produtor Cultural, Pesquisador Musical e Livre-Radialista. Também participarão os DJs : DJ Chakal, DJ Taynara, DJ JP e DJ Mariana Boaventura que vão fazer o arraial dançar ao som de muita música black.

Comunidade Jongo Dito Ribeiro – A Comunidade Jongo Dito Ribeiro é formada por um grupo que reconstitui a manifestação do jongo em Campinas por meio da memória de familiares de Benedito Ribeiro e outras pessoas que se encontraram e se reconheceram como jongueiras. Hoje a Comunidade é reconhecida como Patrimònio Imaterial da cidade de Campinas. Neste ano contará com a presença do Jongo Tiduca de Cananéia na roda de jongo.

 

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Organização sediada em Campinas (SP) de notícias, interpretação e reflexão sobre temas contemporâneos, com foco na defesa dos direitos de cidadania e valorização da qualidade de vida.

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