Os projetos do Instituto Centro de Tecnologia e Inovação (CGTI), que tem sua matriz em Campinas, não apenas inovam com a inserção de novas tecnologias no setor elétrico, mas também priorizam a sustentabilidade com a preservação do meio ambiente, reduzindo significativamente os impactos ambientais na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. É o que afirma o diretor do Instituto, José Mak.
O diretor assinala que, mesmo antes de ser tão evidenciada a preservação do meio ambiente, a questão já fazia parte dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do CGTI. “A sustentabilidade faz parte dos requisitos dos nossos projetos em serem viáveis para o mercado do setor elétrico”, destaca.
Recentemente lançado pelo CGTI e EDF Norte Fluminense para a comercialização no mercado, o Dispositivo Separador Óleo-Água impede que, em caso de eventuais vazamentos de transformadores de potência instalados em subestações de energia, o óleo chegue ao solo e contamine lençóis freáticos. O Dispositivo ainda é interessante do ponto de vista espaço, pois é compacto e ocupa menor área comparado aos tanques de concreto utilizados tradicionalmente para conter estes vazamentos. Assim, ele protege o meio ambiente e pode ser instalado em subestações antigas e nas novas unidades que já preveem uma solução para contingenciamento de vazamento de óleo isolante.
Na geração, fazem parte do portfólio do CGTI o óleo hidráulico biodegradável para substituir os óleos lubrificantes à base de petróleo utilizado usualmente para lubrificar sistemas de acionamentos de comportas e grades das usinas hidrelétricas e outros sistemas semelhantes que ficam instalados na água e são de difícil acesso caso vazem. O óleo biodegradável tem um custo viável e ainda pode prevenir grandes acidentes.
Já o destaque na distribuição é o Trafo Verde, um transformador de distribuição compacto, confiável, com maior vida útil e que substitui o óleo mineral pelo óleo vegetal. Além de menor risco de incêndio, o Trafo Verde reduz drasticamente a agressividade ambiental. Hoje ele é o transformador padrão da CPFL e está instalados em diversas ruas de Campinas.
Vegetação - O desafio da manutenção da vegetação das faixas de servidão das Linhas de Transmissão foi resolvido pelo projeto Manejo Integrado de Vegetação (MIV), que através da associação de várias técnicas, suprime apenas as espécies que oferecem riscos ao abastecimento de energia elétrica e conserva as plantas de baixo porte. No MIV, as manutenções das áreas são espaçadas e a biodiversidade nestas áreas são preservadas, reduzindo emissões de gases, em até 626 toneladas de CO2 em 1km de vegetação com esta metodologia.
Atualmente, pesquisadores e técnicos do CGTI com a Celesc desenvolvem, em um projeto de P&D, indicadores para serem parâmetros na construção de subestações mais sustentáveis. Também com a Celesc, está em andamento a elaboração de um equipamento que destine adequadamente os resíduos de podas de árvores efetuadas em áreas urbanas.
Sobre o CGTI – Referência na realização de projetos do Programa de P&D ANEEL, o Instituto CGTI (Centro de Gestão de Tecnologia e Inovação) atua em pesquisa e inovação para o setor de energia, desenvolvendo e aplicando novas tecnologias em projetos que resultam produtos ou serviços para o mercado, viáveis economicamente e sustentáveis. Para maiores informações: www.cgti.org.br