Exposição APAP 2017 no MACC reitera a força das coletivas de artes plásticas

São 140 obras de 60 artistas. Em uma das maiores exposições já vistas no Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC) “José Pancetti”, ocupando as três salas do espaço, a coletiva APAP 2017, aberta nesta quinta-feira, dia 23 de fevereiro, reitera a força dessa modalidade das artes plásticas, ao unir diferentes estilos, técnicas e projetos estéticos. Um panorama das artes plásticas paulistas, embora muitos dos expositores tenham nascido em outros estados, como o mineiro Cássio Lázaro, que assina duas esculturas na coletiva.

Uma das esculturas de Cássio Lázaro, com obra de Maria Bonomi (do acervo do MACC) ao fundo

A Associação Profissional de Artistas Plásticos de São Paulo (APAP) é uma organização que agrega e defende os interesses dos artistas plásticos, além de promover a arte-educação, diversos eventos e o diálogo com diferentes setores sociais e o poder público. Na coletiva no MACC, os membros da APAP apresentam um painel de esculturas, pinturas figurativas e abstratas e outras vertentes, sintetizando a diversidade inerente à arte paulista e brasileira. O curador do Macc, Fernando Bittencourt, salienta a relevância da mostra por trazer a “produção de  artistas contemporâneos de diversas gerações da história da arte brasileira”.

Diário da Copacabana I e II, de Kenichi Kaneko

Grande parte dos expositores apresenta pela primeira vez uma obra no MACC, mas a coletiva também conta com artistas de Campinas e região com presença histórica no Museu, como Paulo Cheida Sans, que assina “Entrar ou sair?”, em acrílica sobre tela. A coletiva APAP 2017 tem a curadoria de Walter Miranda, que também apresenta uma obra, “Admirável Nova Idade Média”, um espelho da complexa e desafiadora sociedade contemporânea.

Admirável Nova Idade Média, de Walter Miranda

Além do panorama estético, a exposição no MACC espelha as inquietações dos artistas contemporâneos. Caso da discussão sobre florestas, desmatamento, destruição, por San Bertini, em “Florestas: Oníricas”. A coletiva APAP 2017 pode ser visitada até o dia 19 de março, de terça a sábado, das 10 às 18 horas, às quintas-feiras das 10 às 22 horas, domingos e feriados das 11 às 15 horas, com entrada gratuita. O MACC fica na avenida Benjamin Constant, 1633, Centro, ao lado da Prefeitura.

Florestas: Oníricas, de San Bertini

Todos os artistas presentes na exposição coletiva: Adélio Sarro, Alcindo Moreira Filho, Ana Alice Francisquetti, Andréa Barata, Angelo Milani, Aprígio, Astrid Salles, Bia Black, Caciporé Torres, Cássio Lázaro, Cecília Macedo, César Romero, Chris Trucco, Christina Parisi, Cirton Genaro, Diana Martire, Dircéa Mountfort, Eiji Yajima, Everson Fonseca, Fátima Lourenço, Francisco Baratti, Gersomy Silva, Gilberto Salvador, Gonzalo Fonseca, Gracita Bueno, Guilherme de Faria, Hannelore Jacobowitz, Heloize Rosa, Ida Zami, Ines Benou, ISabel Pachini, Joedy Martins, Kenichi Kaneko, Leila de Sarquis, Lilian Arbex, Luis Bayon, Luis Sun, Marco São Pedro, Marcos Rizolli, Maria Villares, Marilzes Petroni,  Marli Takeda, Meiri Levin, Miguel de Frias, Nelson Bavaresco, Nelson Sarenci, Nicolai Dragos, Nino Millán, Norberto Stori, Paulo Cheida Sans, Percival Tirapeli, Roberto Gianneccihini, Ronaldo Gifrolli, San Bertini, Sara Goldman, Taro Kaneka, Valdir Rocha, Vanda Ramirez, Walter Miranda, Walter Tommasi e Yone Di Alerigi.

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