Em tempos de intolerância e desavenças, um festival compartilhado de abraços, afetos, amizade, alegria. A City Banda demonstra neste sábado, dia 3 de fevereiro, o poder da cultura em despertar solidariedade, diálogo e união. Em seu segundo ano desfilando na Praça Arautos da Paz, a City Banda fará uma homenagem ao mais antigo bloco do Carnaval de Campinas, o Nem Sangue Nem Areia. A festa da City começa às 13 horas com a concentração e, às 15, tem início o desfile do trio elétrico. Em sua nova fase, o Nem Sangue Nem Areia sai pela décima vez seguida no domingo, também a partir das 13 horas, na Vila Industrial.
No ano passado, a verdadeira Confederação de Blocos em que se transformou a City Banda brincou pela primeira vez em novo endereço, depois de 22 anos desfilando nas proximidades do Centro de Convivência Cultural. As ruas do bairro Cambuí ficaram pequenas para o crescente mar de campineiros e moradores de outras cidades. Depois de muitas reuniões e conversas, a City Banda passou a se encontrar na Praça Arautos da Paz, no Taquaral.
Havia um certo receio da resposta popular e ela veio em grande estilo. Mais de 35 mil foliões presentes na festa anual da City Banda, um “Woodstock de Momo” sob o sol escandante, que promete voltar neste sábado. A expectativa agora é de público ainda superior, pela comodidade oferecida pelo amplo espaço da Praça Arautos da Paz e adjacências.
Em 2017 a City fez uma homenagem a Ilcéi Mirian, uma das cantoras de samba mais conhecidas e aclamadas de Campinas. Em 2018, um tributo ao Nem Sangue Nem Areia, o bloco que nasceu em 1946 na Vila Industrial e durante muito tempo foi o paradigma do autêntico Carnaval de rua de Campinas.
Deixou de desfilar em 1976, mas voltou com toda força em 2009, pela iniciativa dos jornalistas Paulo Reda, Roberto Cardinalli e Eric Iamarino, além de outros apaixonados pelo legítimo Carnaval.
O Nem Sangue Nem Areia desfila no domingo, dia 4 de fevereiro, a partir das 13 horas, com concentração na rua Francisco Teodoro, na Vila Industrial. O enredo deste ano será “Noites campineiras: histórias da boemia”.