O presidente do Conselho Consultivo do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, Adolpho Queiroz, assinou comunicado condenando o ataque terrorista à revista de humor “Charlie Hebdo”, que matou 12 pessoas na manhã de hoje em Paris. Entre os mortos estão os cartunistas Charb (Stéphane Charbonnier, diretor da publicação), Cabu (Jean Cabut), Tignous (Bernard Verlhac) e Wolinski (Georgers Wolinski).
Adolpho Queiroz manifestou o “mais veemente repúdio ao atentado terrorista”. Para ele, a revista, “que tradicionalmente ironizava a intolerância política islamita, foi covardemente assaltada e fuzilada”. O presidente do Conselho do Salão de Humor de Piracicaba, uma das mais conhecidas ações do gênero no mundo, assinala na nota que “o humor gráfico tem como traço principal, historicamente no mundo todo, a sua não subserviência contra quaisquer tipos de ditaduras, sejam políticas, militares ou religiosas”.
Ele lembra que, por ocasião dos 40 anos do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, foi lançado o livro “Balas não matam ideias”, coautoria de Queiroz com a acadêmica do Curso de Publicidade, Leticia Ciasi. “Infelizmente, nunca o título daquele livro esteve tão atual”, observou.
“Que as autoridades francesas e a comunidade política e artística internacional, manifestem seu profundo repúdio contra um atentado à livre manifestação do pensamento, uma das maiores conquistas da sociedade contemporânea”, diz a nota, concluindo: “Manifestei, em nosso nome, ao presidente da FECO, Federação Internacional dos Cartunistas, Francisco Puñal Suárez, o nosso pesar pelos falecidos, feridos, extensivos aos seus familiares e amigos”.