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Atlas Escolar faz radiografia da Região Metropolitana de Campinas
Processo de elaboração do Atlas Escolar da RMC contou com a participação de educadores

Atlas Escolar faz radiografia da Região Metropolitana de Campinas

As pastagens representam o maior componente da paisagem agrícola da Região Metropolitana de Campinas (RMC), vindo em seguida a atividade canavieira e a citricultura. O território destinado à área agrícola é cada vez menor na RMC, que teve a sua população multiplicada por quatro em quarenta anos. Estas são algumas das informações do Atlas Escolar da RMC, a primeira região metropolitana do Brasil a contar com um produto desse tipo. O Atlas foi elaborado pela Embrapa Monitoramento por Satélite, em um processo que contou com a participação de vários educadores e a parceria da Prefeitura de Campinas e Ministério da Agricultura e Ciência e Tecnologia.

O Atlas, que pode ser utilizado na rede pública e privada de ensino, reúne informações sobre história, demografia, economia e outros aspectos de cada um dos 20 municípios da RMC. Ricamente ilustrado com imagens de satélite, fotografias e mapas, o Atlas também apresenta um panorama geral da Região, sobre itens como o Desenvolvimento Humano, meios de transporte, turismo, história, educação, saúde, economia, emprego, pesquisa e desenvolvimento.

Com edição e coordenação de Cristina Criscuolo e a colaboração de vários técnicos da Embrapa Monitoramento por Satélite, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e diversos educadores, o Atlas Escolar da Região Metropolitana de Campinas foi disponibilizado gratuitamente no portal da unidade (https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/988128/atlas-escolar-da-regiao-metropolitana-de-campinas)

Foi longo e substantivo o processo de construção do Atlas. O projeto contou com a participação ativa de professores da Rede Municipal de Ensino de Campinas, com quem foram discutidos os materiais didáticos que estavam disponíveis para uso em sala de aula, suas potencialidades e limitações. Foram estimuladas, igualmente, reflexões que nortearam a seleção de temas vinculados à agropecuária no currículo do ensino fundamental.

Uma constatação do debate foi o contraste entre a riqueza de informações disponíveis sobre a RMC e a carência de material didático específico sobre a região, disponível para uso escolar. O grupo de professores foi capacitado no uso de geotecnologias e também atuou no levantamento de dados, concepção e redação do Atlas.

“Um dos pontos mais ricos do processo foi a participação dos educadores”, afirma o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Monitoramento por Satélite, Édson Luis Bolfe. Ele entende que, além do uso amplo na rede escolar, as informações contidas no Atlas também podem ser muito úteis “aos tomadores de decisão e formuladores de políticas públicas” na RMC.

Um segundo volume já está em elaboração. Será o Atlas Escolar sobre a Agropecuária na RMC, com a avaliação dos produtos mais expressivos da região, área cultivada, produtividade e a conexão com a economia, a sociedade e o meio ambiente.

ALGUNS DADOS SOBRE A RMC

• Entre 1970 e 2010, a população da região saltou de 680.826 para 2.797.137 habitantes.

• O contingente de analfabetos entre a população com mais de 10 anos era de 3,6%, contra a média de 4,1% no estado de São Paulo e 9% no Brasil.

• Segundo a Unicamp, em 2012 um conjunto de 58% de seus alunos tinham concluido o ensino médio em escolas privadas, enquanto 35% concluíram em escolas públicas e 7% não declararam a informação ou eram estrangeiros.

• A taxa de mortalidade infantil da RMC, de 10,7 para 1.000 crianças com idade inferior a 1 ano em 2007, caiu para 10,2 em 2011, abaixo a média estadual, de 11,6 por 1.000.

• Na região existe em média 1,7 leito hospitalar para cada 1.000 habitantes, abaixo da média estadual, de 2,3, e da meta indicada pelo Ministério da Saúde, de 2,5 a 3 leitos para cada 1.000 habitantes.

• Na RMC, cerca de 87% do esgoto sanitário é captado pelas redes de esgoto, mas apenas 45% tem algum tipo de tratamento.

Fonte: Atlas Escolar da Região Metropolitana de Campinas

 

O chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Monitoramento por Satélite, Édson Luis Bolfe, comenta a importância do Atlas para uma visão regional (Foto Martinho Caires)

O chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Monitoramento por Satélite, Édson Luis Bolfe, comenta a importância do Atlas para uma visão regional (Foto Martinho Caires)

 

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