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 ‘Campignólia’ traz de volta os fantasmas de Campinas ao MIS, no Palácio dos Azulejos

 ‘Campignólia’ traz de volta os fantasmas de Campinas ao MIS, no Palácio dos Azulejos

O Barão Despenteado e a sua ‘família desajeitada’ contavam os segundos para um novo reencontro com o público campineiro. Nesta quinta e sexta-feira (14 e 15/04), a comédia fantasmagórica “Campignólia” retorna ao MIS Campinas e ocupa, pela terceira vez, os aposentos do histórico Palácio dos Azulejos, com as figuras históricas e fragmentos de lendas de Campinas.

As sessões acontecem às 21h (de quinta e sexta) e à meia-noite (só na sexta). A entrada é franca, mas é preciso fazer reserva. Quem assina a direção e a dramaturgia de ‘Campignólia’ é Pereira França Neto, conhecido como Palhaço Tubinho, descendente de família tradicional de circo-teatro e referência no Brasil nesta estética teatral.

A atriz Joana Piza pontua referências importantes no texto como a conhecida lenda do Boi Falô, a filha albina do Barão Geraldo de Rezende que não podia tomar sol, e a trajetória do Barão de Itatiba que construiu e morou no Palácio dos Azulejos, onde promovia um evento chamado Copo de Água, momento em que recebia a população com uma farta mesa de doces.

A turnê 2016, contemplada pelo edital Temporada e/ou Circulação de Espetáculo de Circo do ProAC (Programa de Ação Cultural), ainda passará por Americana, Sorocaba e Socorro. No ano passado, em Campinas, teve filas de espera e espectadores desconsolados por não conseguirem entrar. Para evitar que isso ocorra novamente, a produção pede que os interessados façam a reserva por email (campignolia.reserva@gmail.com).

“A temporada de 2015 foi uma oportunidade única. Tivemos a sorte de personificar histórias de Campinas que ficaram encobertas pelo tempo e pela persistência rude do progresso. Foi a chance de perceber o quanto essa memória reverbera no olhar atento de nosso espectador e quão viva está no Palácio. As paredes de lá respiram sons e uivos frios, transpiram risos calorosos e comemorações festivas de personagens que o tempo não levou, pois seus desejos insistem em permanecer ali impregnados em cada cômodo. Sentimos grande satisfação em abrir essas portas e janelas do palacete ‘assombrado’ para convidar a comunidade a entrar e a descobrir com seus próprios olhos a vida que pulsa em nosso patrimônio”, diz a atriz Joana Piza.

Novamente, a cena será composta pelos artistas da Família Burg (Guga Burg Cacilhas, Ivens Burg Cacilhas e Joana Piza), da Dupla Companhia (Aline Olmos e Fernanda Jannuzzelli) e pelo músico Lucas Uriarte. “Para nós, a ocupação do MIS Campinas contribui para que esse museu se torne cada vez mais conhecido e valorizado pelo público. A partir desse estímulo, conseguimos fazer algo original, trazendo a linguagem da encenação circense para um lugar que ela ainda não tinha visitado”, afirma Guga Cacilhas.

As figuras históricas e as lendas existiram, mas Tubinho soltou a imaginação e recriou personagens e situações, na sua maioria cômicas. “Trata-se de um espetáculo que tem cenas de suspense, de terror e de drama, mas que estão exclusivamente a favor da graça, da comédia. Da mesma forma, há uma inspiração histórica da cidade, mas bem livre e com certa licença poética, até porque não procuramos contar as origens de Campinas ou ser didáticos”, descreve Pereira França Neto, o Palhaço Tubinho.

O público perseguirá dentro do Palácio os passos do ainda Comendador Despenteado, que viria a se tornar Barão pelas mãos de Dom Pedro. Figuras ambiciosas cruzarão o caminho deste fanfarrão, como Bento e Benta; Bina, a filha aflita por conta de um casamento arranjado pelos pais; e Magnólia, a esposa controladora e megera. “Vem daí o Campignólia, um louco desejo do Despenteado em mudar o nome de Campinas para agradar e homenagear a mulher.”

A plateia identificará alguns tipos clássicos do circo-teatro, como a megera, a ingênua e o cômico. “Não existe a figura do palhaço de cara pintada, mas a graça está toda voltada ao Despenteado”, explica Tubinho. Outro detalhe precioso: o tom sobrenatural de’ Campignólia’ está intimamente ligado à herança do circo-teatro.

Serviço

‘Campignólia’ 

Quinta-feira (14/4), às 21h, e sexta-feira (15/4), às 21h e à 0h (meia-noite)

Museu da Imagem e do Som de Campinas – MIS (Palácio dos Azulejos: Rua Regente Feijó, 859, Centro, em Campinas)

Entrada franca (reserva por meio do e-mail: campignolia.reserva@gmail.com

Classificação indicativa: 12 anos

Fonte: Assessoria de Imprensa / Tiago Gonçalves

Sobre Adriana Menezes

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