A presidente Dilma Rousseff participou na manhã desta sexta-feira, 22 de abril, na sede das Nações Unidas, em Nova York, da cerimônia de abertura das assinaturas ao Acordo de Paris. A presidente reafirmou os compromissos do país com a redução das emissões atmosféricas e, sem falar em golpe ou impeachment, citou o “grave momento” que o Brasil atravessa.
O Acordo de Paris foi aprovado no final de 2015 na capital francesa é estipula o compromisso da comunidade internacional com a redução das emissões atmosféricas, visando evitar que a temperatura média global suba mais do que dois graus até o final do século 21. Na data em que é celebrado o Dia da Mãe Terra, 171 países assinaram o documento, que necessita ser, entretanto, transformado em lei nos respectivos Estados nacionais.
A presidente Dilma Rousseff reiterou a meta de redução de 37% das emissões de gases-estufa até 2025 e a “ambição” de 43% até 2030.
“Todas as fontes renováveis de energia terão sua participação em nossa matriz energética ampliada até alcançar 45% em 2030″, completou.
No final, sem dizer a palavra golpe ou impeachment, ao contrário do que setores sociais e da imprensa previam, a presidente Dilma fez referência ao “grave momento” que o Brasil vive. “Nosso povo é um povo trabalhador e com grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir quaisquer retocessos”, disse a presidente.
Observatório do Clima – O secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, que acompanhou a sessão em Nova York, afirmou para a Agência Social de Notícias que ” a presidente Dilma frustrou quem esperava uma demonstração de grande liderança do Brasil na ação contra a crise climática hoje em seu discurso na cerimônia de assinatura do Acordo de Paris. A presidente preferiu apenas reafirmar compromissos já anunciados, em vez de dizer como o país pretende aumentar sua ambição climática daqui para a frente. Falou da importância de seguirmos, todos, um caminho de desenvolvimento sustentável. Mas não deu nenhum sinal de que iremos mudar o modelo insustentável de desenvolvimento atual, que privilegia os combustíveis fósseis “.