Férias! Estávamos prontos para zarpar. Era só montar no carro e sumir do mapa. E a praia paulista de Ubatuba foi a escolhida como nosso destino. Ou seja, queríamos apagar o lado comportado e azedo do cérebro.
Estávamos em plena praia, agraciados pelo sol, areia, água e mais água; nada que lembrasse os afazeres de trabalho, como coletar dados sobre aonde o dinheiro corria de forma mais tranquila. Jogos e besteiras.
No primeiro dia de praia, fizemos com que todos acordassem assim que o sol mostrasse a cara. E que cuidassem do que deveriam levar para a praia: barracas, cadeiras, protetores do sol, óleo disso, óleo daquilo.
Pronto, estávamos esticados para receber os raios de sol, sonhos e sorvetes para alegrar a boca. E olhar corpos e bundas. Em especial, os peitos das mulheres, cuja operação pode custar os olhos da cara.
Em um momento incomum, encontrei uma mulher disposta a trocar ideia sobre a vida sem celular. Falamos muito, quase tudo besteira que poderia ser jogada fora.
Até encontrar um assunto que nos colocou com um revolver, um na mão direita, de atirar para ferir; outro da na mão esquerda, feito para matar.
O da mão esquerda, de acordo com os faroestes da tevê e cinema, levaria vantagem. Era tiro na mão direita, que levaria o revólver adversário a ver navios; e outro da mão esquerda, aquela nascida para matar.
O tempo passa e começamos a buscar conversas, se a turma dos celulares não se incomodasse e nos permitissem jogar as conversas fora. Porque lá estavam eles a conversar com o além. Tudo acontecia por intermédio do celular, que intermediava o assunto.
-Ele falava: tititititi……..
-Ela retrucava: ttititititi……
-Está bom assim?
-Não.
– Então assim?
-Não.
-Que coisa!!! Nada está bom?
-Não.
Ele resmungava! Ela resmungava! Ele resmungava. Ela resmungava! Resmungou até a garganta ficar rocha
Até que ela irritou- se,
-O que ? Que conversa é essa? Vou chamar meu marido!!!
Ué???? Ele irritou-se:
– Chamar seu marido? Mas eu é que sou seu marido!!