Campinas teve maior número de casos de dengue no Brasil em 2014 até novembro

Campinas foi o município com maior número de casos de dengue no Brasil em 2014, considerando o período até a Semana Epidemiológica 47, que vai de 16 a 22 de novembro. Os dados são do Ministério da Saúde, que ainda está atualizando os dados completos do país. A Prefeitura de Campinas está intensificando a campanha preventiva de dengue e Febre Chikungunya, que tem o mesmo vetor de transmissão, o mosquito Aedes aegypti. Nesta terça-feira, 6 de janeiro, foi confirmada a primeira morte por dengue em Catanduva (SP) em dois anos. Americana, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), esteve entre os dez municípios com maior número de casos em 2014 no país até novembro.

De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, Campinas teve 42.373 casos de dengue até a Semana Epidemiológica 47, em 2014. Com isso, liderou o ranking municipal do que o Ministério qualifica de casos prováveis no país. Em segundo lugar ficou São Paulo, com 33.892 casos. Em terceiro, Goiânia, com 23.808 casos. No mesmo período de 2013, Campinas teve 7.197 casos.

Americana, um dos 20 municípios da RMC, teve 9.044 casos até a Semana Epidemiológica 47, ficando em oitavo lugar no país. Foi menos, entretanto, do que os 13.393 do mesmo período de 2013, segundo o Boletim do Ministério da Saúde. Outros dois municípios paulistas estiveram no ranking dos dez primeiros municípios com casos de dengue em 2014, até novembro: Taubaté, com 9.956 casos, e Osasco, com 6.607. Os demais municípios do ranking foram Cruzeiro do Sul (AC), com 23.130 casos (o município acreano teve a maior incidência, de 28.776 casos por 100 mil habitantes); Brasília (DF), com 11.617; Aparecida de Goiânia (GO), com 9.227; e Luziânia (GO), com 8.355 casos.

Campanha preventiva – Campinas está intensificando a campanha preventiva contra a dengue e também a Febre Chikungunya, que teve os primeiros casos confirmados no Brasil em 2014. Mutirões frequentes de limpeza têm sido realizados em diversos bairros de Campinas.

O médico epidemiologista e coordenador do Programa de Controle da Dengue e Febre Chikungunya de Campinas, André Ribas Freitas, observou nesta terça-feira que, como a Febre Chikungunya ainda não ocorre em todo Brasil, é muito importante usar repelente e se proteger em locais fechados, de preferência com ar-condicionado, quando estiver em localidades em que a transmissão esteja ocorrendo. Atualmente, entre outros locais, há registros da doença no Caribe e em algumas cidades do interior da Bahia, como por exemplo, Feira de Santana.

O médico explicou as diferenças entre as duas doenças:

DENGUE

Sintomas:  febre, dor generalizada em todo o corpo, dor de cabeça e, em alguns casos, manchas vermelhas.  O quadro é sempre agudo e nunca fica crônico.

Tratamento:  A hidratação é fundamental . As dores são tratadas com analgésicos receitados pelo médico.

Período de incubação do vírus no mosquito: 6 a 15 dias e Período de incubação em humanos: 4 a 10 dias

CHIKUNGUNYA

Sintomas:  Dor intensa e localizada nas articulações, dor de cabeça e, em algumas situações, manchas vermelhas pelo corpo. Alguns casos podem ficar crônicos, com dor contínua durante meses e até anos.

Tratamento: analgésicos receitados pelo médicos e hidratação (com menor intensidade que nos casos de dengue).

Período de incubação do vírus no mosquito: 2 a 7 dias e Período de incubação em humanos: 2 a 6 dias.

Como evitar:

Para evitar as duas doenças, é preciso não permitir a proliferação do Aedes aegypti.  Para isso, alguns cuidados são essenciais:

– Evitar acúmulo de água, latas, pneus e outros objetos. Os vasos de flores devem ter a água trocada a cada dois dias.

– As caixas d’água e outros recipientes usados para armazenar água devem ser vedados.

– Vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados

Morte em Catanduva – A Secretaria Municipal de Saúde de Catanduva, no interior de São Paulo, confirmou nesta terça-feira, 6 de janeiro, após exame laboratorial no Instituto Adolfo Lutz de São José do Rio Preto, a morte de uma mulher com dengue, ocorrida no dia 30 de dezembro, conforme informação da Agência Brasil.