A Região Metropolitana de Campinas (RMC) tem maior número de automóveis por habitantes e, também, maior taxa de mortes em acidentes de transportes, em relação às demais regiões metropolitanas paulistas. Os dados estão no conjunto de Informações dos Municípios Paulistas, que acaba de ser remodelado pela Fundação Sistema Estadual Análise de Dados (Seade).
De acordo com a Fundação Seade, a RMC tem uma frota de 1.323.530 automóveis, o que representa uma média de 2,25 habitantes por automóvel. A Baixada Santista tem uma média de 4,16 habitantes por automóvel e a Região Metropolitana de São Paulo, 2,47. Na Região Metropolitana de Sorocaba a média é de 2,64 e, na Região do Vale do Paraíba e Região Norte, de 2,91. Dados de 2014, que confirmam a maior proporção de automóveis por habitante na RMC.
Por outro lado, a RMC tem uma maior taxa de mortalidade por acidentes de transportes de automóveis por 100 mil habitantes, de 19,55, contra 17,69 na Baixada Santista e 12,47 na Região Metropolitana de São Paulo. Os dados neste caso são de 2010 e não há informações sobre as outras duas regiões metropolitanas paulistas.
De acordo com os dados da Fundação Seade, a taxa de mortalidade por acidentes de transportes aumentou nas três regiões metropolitanas entre 2000 e 2010, de 9,89 para 12,47 na Grande São Paulo, de 13,09 para 17,69 na Baixada Santista e de 17,87 para 19,55 na Região Metropolitana de Campinas.
O município de Campinas tem uma frota de 577.907 automóveis, representando uma média de 1,94 habitantes por automóvel. São no total 844.035 veículos, somando uma média de 1,33 habitante por veículo.
Segundo a Fundação Seade, Campinas tem uma taxa de mortalidade por acidentes de transportes de 16,77 (dados de 2010) por 100 mil habitantes. A taxa em Campinas tem permanecido praticamente inalterada nas últimas décadas: era de 19,34 por 100 mil em 1980, de 17,55 por 100 mil em 1991 e de 16,22 por 100 mil em 2000.
Em 2010, morreram 181 pessoas em acidentes de transporte em Campinas. Quase uma morte a cada dois dias. Foram 128 óbitos em 1980, 148 em 1991 e 157 em 2000. Neste período, a população de Campinas cresceu de 661.992 para 1.079.140. De qualquer modo, são números que confirmam a necessidade de políticas visando melhorias permanentes nos sistemas de transporte público e de prevenção a mortes por acidentes, em Campinas e na RMC.