A crise hídrica, que atingiu em cheio a Região Sudeste em 2014, com forte impacto nas regiões de São Paulo e Campinas, ainda não foi totalmente equacionada. A advertência foi feita pelo presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, na abertura do 24º Encontro e a 24ª Assembleia Nacional da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA), na noite desta terça-feira, 23 de junho, no Solar das Andorinhas, em Campinas.
Vicente Andreu destacou que, por efeito do El Niño, deve ser acirrada a condição de seca no Semi-Árido, que já dura quatro anos, e por outro lado devem aumentar as chuvas na região Sul e provavelmente na Amazônia. O presidente da ANA lamentou que a chamada crise hídrica tenha “deixado rapidamente o noticiário”, apesar de ela não estar totalmente equacionada.
A crise hídrica, em sua opinião, deixou evidente a necessidade de “trazer os municípios para mais perto da gestão dos recursos hídricos”. A legislação brasileira, lembrou, levou o saneamento para a esfera ambiental, mas por outro lado a gestão dos recursos hídricos continua na esfera federal e estadual. “Os municípios devem estar mais próximos da gestão dos recursos hídricos”, reiterou.
Também participaram da abertura do 24º Encontro e a 24ª Assembleia Nacional da ANAMMA o prefeito Jonas Donizette, o secretário municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes, a secretária estadual do Meio Ambiente, Patricia Iglecias, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, o presidente da ANAMMA, Pedro Wilson Guimarães, o vereador Luiz Carlos Rossini, a secretária-executiva do ICLEI, Jussara Carvalho, e Mario Mantovani, representando a SOS Mata Atlântica. O evento prossegue até quinta-feira, com a presença de representantes de órgãos municipais do Meio Ambiente de todo país. Mais de 400 pessoas estão inscritas.