Com o Instituto Agronômico (IAC), Campinas tem sido fundamental para alavancar as pesquisas e atividades agrícolas há décadas no país. Agora, no cenário global de rápidas inovações científicas e tecnológicas, um novo salto está sendo dado com a constituição do Agropolo Campinas-Brasil, que nesta semana deu novo passo com o acordo de cooperação assinado com Montpellier, na França. A cidade francesa é sede de uma das mais importantes faculdades de Agronomia da Europa e da Agropolis International, plataforma que serviu de inspiração para a criação do Agropolo Campinas-Brasil.
O acordo de cooperação foi assinado nesta quinta-feira, 24 de março, entre os prefeitos de Montpellier, Phillipe Saurel, e de Campinas, Jonas Donizette, eleito no final de 2015 como presidente do Conselho Administrativo do Agropolo Campinas-Brasil. O vice-presidente é o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge. O diretor-geral do IAC, Sérgio Augusto Morais Carbonell, e a assessora-técnica da Diretoria do IAC, Lilian Cristina Anefalos, foram escolhidos para compor a Secretaria Executiva, ao lado de Luís Augusto Barbosa Cortez, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Também integram o Conselho: Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; Márcio França, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação; José Luiz Camargo Guazzelli, do Techno Park Campinas, e Bernard Hubert, da Associação Agropolis International.
São parceiros na construção do Agropolo Campinas-Brasil a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do IAC, Instituto de Tecnologia de Alimentos e Instituto Biológico, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Prefeitura de Campinas, Unicamp, Techno Park Campinas – Associtech e Associação Agropolis International.
A partir de eixos comuns de interesse, serão articulados os esforços dos Centros Geradores de Conhecimento e das Empresas, no caso do setor agroalimentar, com o objetivo de oferecer para a sociedade rápidos e seguros avanços no desenvolvimento de produtos, (i) agricultura, (ii) alimentação, (iii) biodiversidade, (iv) bioenergia, (v) química verde e (vi) desenvolvimento sustentável.
Segundo o diretor do Techno Park Campinas – Associtech e membro do Conselho do Agropolo Campinas-Brasil, José Luiz Camargo Guazzelli,entre os resultados esperados estão a aproximação dos interesses acadêmicos aos da indústria do setor; acesso a novas fontes de financiamento para o desenvolvimento e inovação tecnológica no setor; formação de grupos associados de pesquisa, estimulando parcerias, joint ventures e investimentos no setor; e estimular o desenvolvimento de novos produtos e promover processos inovativos relacionados ao setor agroalimentar e desenvolvimento sustentável.
Outros propósitos, completa Guazzelli, são atrair investimentos do setor para Campinas; acessar novos mercados para as empresas instaladas da Região de Campinas; estimular a criação de empresas startups e spin-offs, favorecendo a inovação no setor agroalimentar; e projetar internacionalmente o Agropolo Campinas-Brasil.
A região de Campinas conta com 7360 unidades produtivas agrícolas, 6500 pequenas propriedades e 13 mil agroindústrias. O novo Agropolo terá a missão de articular esses segmentos com os centros de ensino e pesquisa de Campinas e Montpellier, para atingir os objetivos traçados.