ESPECIAL DO MÊS
Por Adriana Menezes
Campinas, 10 de outubro de 2016 – Todo aquele que chega desperta olhares diversos dentro de uma nova comunidade. Em pequeno ou em grande número, a chegada do “outro” que vem “de fora” contribui para mudanças nas relações sociais decorrentes da necessidade de inserção. Mas, ao contrário da imagem quase unânime de hospitalidade do brasileiro, a inclusão não acontece naturalmente. Na falta de políticas públicas claras e atualizadas, são as ações de cidadania isoladas que estabelecem o espaço para o afeto e garantem a dignidade e o direito a ter direito de muitos estrangeiros.
Campinas recebeu mais de 15 mil imigrantes e refugiados entre 2000 e 2015 das mais diversas nacionalidades e condições – de americanos, alemães e coreanos para o mercado de trabalho altamente qualificado das multinacionais do Pólo Tecnológico, até haitianos, sírios e paquistaneses refugiados com histórias de perdas e tragédias por catástrofes naturais, por guerra ou crise econômica. No último ano, com a chegada de um grande contingente de haitianos, o número de imigrantes e refugiados passa hoje das 1,4 mil pessoas.
Diferentes demandas
O haitiano Jean Rick, 29 anos, chegou a Campinas em fevereiro de 2015. Professor de Ciências Sociais em seu país, fez serviços de recapeamento (por intermédio da Prefeitura) e hoje está registrado como padeiro, com treinamento profissional. Apesar do emprego registrado e seu visto humanitário no Brasil, tem planos de ir agora para a Islândia, onde já mora um irmão, e num futuro ainda incerto quer voltar ao seu país, que em 2010 foi destruído por um terremoto. Jean só chegou a um emprego formal porque voluntariamente um cidadão campineiro, que não quis se identificar, fez a ponte entre o empresário que procurava mão de obra e o grupo de haitianos que o voluntário e sua esposa já auxiliavam com aulas de português.
O cubano Yosbel Asen Diaz, 30 anos, é formado em Hotelaria. Trabalhava na área em Havana, onde conheceu sua atual mulher, a brasileira Vivian dos Santos Queiroz. Yosbel migrou em junho de 2016 para o Brasil, onde ainda procura emprego, mas já tem certeza de que constituirá família aqui. Vivian está grávida de três meses. No Departamento de Cidadania da Prefeitura, Yosbel faz contatos, busca auxílio para entrar no mercado de trabalho e também colabora, indo a palestras para contar a sua história. Apesar de sua situação privilegiada, com casa e a presença da mulher, o cubano ainda precisa de ajuda na inserção na sociedade.
O casal de sírios Chaza Alturkmani e Suhib Zinou, 60 anos, já chegou ao Brasil com a família completa: duas filhas e um filho. Refugiados de guerra, estão felizes por ter agora segurança, os filhos com emprego e estudo, e eles com um restaurante, mas não deixam de se reunir com outros sírios refugiados na cidade, também sofrem em aprender a língua e sonham em um dia retornar a Alepo. Os filhos já aprenderam a língua, o casal no entanto diz que não tem tempo para frequentar as aulas de português porque trabalha muito no restaurante Castelo de Alepo, no Cambuí. Agradecem incansavelmente a toda ajuda que receberam. Escolheram Campinas porque um amigo sírio já havia migrado para a cidade em busca de paz e estabilidade. Foi o amigo que ajudou nos primeiros dias.
Vulnerabilidade
Em todos os casos, o que há em comum é a vulnerabilidade do imigrante, seja pela dificuldade da língua, a falta de dinheiro ou a necessidade de moradia, alimento e trabalho. As histórias de vida de cada um criam o pano de fundo dramático de um mundo onde os conflitos sociais e políticos roubam o senso de comunidade das cidades e impedem o olhar sensível voltado para a cidadania.
“Os imigrantes precisam de um olhar mais atento”, diz a cientista social Rosana Baeninger, professora da Unicamp e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Populacionais (Nepo). Os dados que ela fornece sobre 15 mil imigrantes de 2000 a 2015 em Campinas são da base de dados do Sistema Nacional de Cadastro e Registro de Estrangeiros no Brasil (Sincre), ao qual teve acesso pelo Observatório de Migrações em São Paulo, projeto da Fapesp realizado em parceria entre Unicamp, PUC de Minas Gerais, entre outras instituições, como Ministério da Justiça. “O Brasil está na rota das migrações transnacionais. Como o primeiro mundo tem restrições, os países emergentes passam a ser a rota”, afirma Rosana.
Segundo a pesquisadora, o Brasil não é apenas destino migratório, mas de trânsito. Muitos permanecem um tempo e depois vão para outro país, a exemplo do haitiano Jean Rick, que vai para a Islândia. “Muitos haitianos hoje estão saindo do Brasil para o Chile”, diz Rosana. Do total de 15 mil em 15 anos na cidade, 5 mil são estudantes, 9 mil são mão de obra qualificada (oriundos dos Estados Unidos, Alemanha, França e China, nesta ordem decrescente numérica) e apenas cerca de 1 mil chegam com reais necessidades de auxílio. Destes, apenas 250 são refugiados.
Repensar a sociedade
“As pessoas acham que o número legitima o fenômeno, mas não importa se são 15 mil ou 30 pessoas, porque o impacto na vida do município existe de qualquer maneira. Isso demanda uma nova forma de pensar a sociedade”, afirma a pesquisadora. Já passaram por Campinas refugiados de Angola, Colômbia, Cuba, Equador, Nicarágua, Nigéria, República do Congo, Síria, Líbia e Haiti. As nacionalidades de imigrantes são ainda mais diversas.
Para Rosana, a municipalidade assume hoje a responsabilidade da inserção devido à falta de uma legislação federal atualizada. O que vigora ainda é o Estatuto do Estrangeiro, criado durante a ditadura, “uma lei anacrônica”. As instituições domésticas e a Igreja também têm um papel fundamental neste contexto de auxílio. Ela lembra, no entanto, que há uma lei de imigração em tramitação no Congresso.
“Há uma enorme diversidade e uma grande demanda por parte dos imigrantes. Lembro de uma família de colombianos que durante o I Fórum sobre Imigração e Refúgio em Campinas, em setembro, disse que era a primeira vez que alguém os ouvia desde que chegaram, há muito tempo na cidade.”
Falsos mitos
A verdade é que o Brasil criou um mito da receptividade migratória que não é real, diz a pesquisadora. “Existe um tipo ideal de imigrante criado em nosso imaginário devido à nossa formação Estado Nação, que é o do branco europeu civilizado. Mas há diversidade nos fluxos migratórios”, diz Rosana, que destaca que as pesquisas populacionais do Nepo e Fapesp têm como bandeira a relação de cidadania baseada em Hannah Arendt, do direito de todo cidadão ter direito.
Quando o estrangeiro chega ao Brasil como imigrante ou refugiado, ou seja, sem ser a turismo ou trabalho, ele deve se apresentar no prazo de um mês à Polícia Federal. Os haitianos já têm o visto humanitário, que em agosto foi renovado até agosto de 2017. Os sírios e paquistaneses que chegam já têm um entendimento prévio de que são refugiados. Mesmo assim, o refugiado deve solicitar o refúgio à PF. A decisão é encaminhada a um comitê ligado ao Ministério da Justiça que foi instituído para avaliar caso a caso. “A decisão é política”, explica o diretor do Departamento de Cidadania da Prefeitura Municipal de Campinas, Fábio Custódio.
Em Campinas, a porta de entrada para muitos imigrantes é o Departamento de Cidadania. “Às vezes a porta de entrada é a escola, no caso de famílias que têm filhos. Mas nós somos procurados principalmente para auxiliar em questões de documentação ou relacionadas a trabalho”, diz o diretor. Segundo Fábio Custódio, eles também recebem denúncias de trabalho escravo de imigrantes.
Uma rede de apoio
“Nós também promovemos ações de inclusão social e cultural, como o evento Campinas de Todos os Povos, que contribuem para levar consciência e acabar com a xenofobia”, afirma o diretor. Segundo Fábio, as queixas mais comuns de xenofobia na cidade são contra os povos do oriente médio, especialmente mulçumanos que são associados ao terrorismo; e contra os imigrantes negros ou indígenas. “Sofrem especialmente no ambiente de trabalho.”
Outra ação do Departamento é a formação de uma Rede de Apoio a Imigrantes e Refugiados, formada pela sociedade civil que começou a se organizar em meados de 2015. “São pessoas, instituições, nós do poder público e qualquer entidade que presta algum tipo de ajuda”, diz Custódio. A rede hoje é composta por mais de 20 nomes, mas ela está aberta à participação. O episódio do Acre, em 2015, quando um grande número de haitianos tentava entrar no Brasil, motivou a criação da rede.
“O poder público pode pouco, porque por questões legais não podemos fazer nada que envolva comercialização ou vínculo empregatício, por isso não somos nós que capitaneamos a rede, mas fazemos parte dela”, afirma Custódio. Ele lembra que a imigração é um fenômeno mundial. “Até 2050, entre meio e um bilhão de pessoas vão migrar, se movimentar no planeta, por motivos diversos: guerra, falta de água, fenômenos naturais, questões religiosas. O fluxo não vai cessar”, diz o diretor. “Precisamos ter uma regulamentação e estar preparados.”
Núcleos de convivência
Hoje em Campinas há em torno de 1,4 mil imigrantes e refugiados, dos quais pelo menos 950 são haitianos. Há uma grande diversidade de demandas, mas as salas de aula de português se tornaram verdadeiros núcleos de convivência. Muitos professores ajudam seus alunos fazendo currículos ou cuidando da saúde ou observando se são explorados no trabalho. As comunidades religiosas, diz Custódio, são essenciais. A Missão Paz, por exemplo, onde o Departamento já fez treinamentos, atua há mais de cem anos no acolhimento de todo tipo de migrante e imigrante na capital paulista, na Rua do Glicério. “Nós aprendemos muito com eles em como fazer. Se não fosse a Missão Paz eu acho que a prefeitura de São Paulo estava perdida”, diz o diretor. Há também, lembra Fábio Custódio, o apoio das próprias igrejas que os imigrantes procuram. Os evangélicos recebem ajuda de suas igrejas, os muçulmanos também.
O padre André Luiz Bordignon, de 35 anos, da Paróquia Jesus Cristo Libertador, no Jardim Florence I, abriu espaço para o grupo de haitianos que frequentava sua missa se reunir e se organizar na igreja. De junho até agora, já fizeram três encontros. O grupo de cerca de 40 homens, mulheres e crianças mora no mesmo bairro. “Os haitianos são muito católicos, mas há também evangélicos no grupo. Todos eles se reúnem aqui. A comunidade começou a ajudar espontaneamente”, diz o padre André.
Entre as principais dificuldades do grupo estão a língua, a moradia e o trabalho. “Eu soube de um proprietário que quis cobrar R$ 1 mil de aluguel por uma casa pequena no Satélite Íris. Há também patrões que exploram. Não podemos achar que o Brasil melhorou só por causa das leis”, afirma o padre. Segundo ele, a maioria está no mercado informal de trabalho porque não consegue emprego formal devido à língua. A paróquia então se organizou para oferecer aulas de português e auxílio jurídico. A advogada dá plantão voluntário e os professores também. “Não somos uma ONG. A nossa obra é de misericórdia no acolhimento dos peregrinos.”
Integração
No segundo semestre, a paróquia realizou duas missas em crioulo, língua oficial no Haiti junto com francês. O Frei Ilário de São Paulo, diz o padre, veio a Campinas para celebrar as missas e ainda fará mais uma este ano, no Natal. “Já o apelidaram de haitiano branco”, brinca. As crianças da comunidade estão ensaiando uma música em crioulo para cantar no coro e está prevista uma festa haitiana onde eles vão mostrar a cultura do Haiti. “A integração com eles se deu pela missa, que fez a comunidade se abrir para eles. Agora o povo do bairro os conhece.”
O padre André acredita que falta política voltada para os imigrantes em todo o mundo. “Eles são vítimas vulneráveis. Mas com ou sem política a igreja vai continuar ajudando. Não estamos fazendo nada de extraordinário, apenas não fico esperando que nenhuma política faça.”
Vontade de ajudar
O empresário Fernando Augusto Del Grossi, de 51 anos, decidiu investir no treinamento e contratação do haitiano Jean Rick como padeiro, para trabalhar em sua boulangerie, aberta há três meses no Cambuí. “Foi uma experiência importante também na minha vida. Não é uma questão de pensar no que você vai ganhar com isso, mas é pensar o que você pode fazer para ajudar. Se ninguém se importar, ninguém faz nada”, diz Del Grossi.
O engenheiro de alimentos estava ainda finalizando as obras da Boulangerie Adélia quando um morador do bairro o procurou. O psiquiatra, que preferiu não se identificar, falou que podia apresentar um grupo de haitianos que precisava de emprego, para o qual ele e sua mulher prestavam alguns auxílios, como dar aula de português. Del Grossi aceitou conhecer o grupo, fez mais de seis entrevistas e escolheu um candidato para a função de padeiro que precisava. Investiu no treinamento especial feito com um profissional francês sobre técnicas francesas de panificação e fermentação natural. “Ele nunca havia trabalhado com panificação, mas vi potencial no Jean e não me arrependi. Eu acho que é uma prática que todo empresário deveria experimentar, porque você pode dar dignidade aos refugiados que precisam, além de sair de sua zona de conforto”, sugere Del Grossi, que diz se sentir orgulhoso de poder ajudar.
A história de Jean
Jean Rick dava aula de Ciências Sociais no Haiti. Aos 29 anos, foi um dos integrantes da família escolhido para buscar emprego em outro país para garantir a subsistência de todos. Um irmão na Islândia, outro no Chile e mais um no Brasil fazem o mesmo e enviam seus rendimentos à família de cerca de 14 pessoas no Haiti, entre eles uma filha de Jean.
O terremoto que destruiu o Haiti ocorreu há seis anos, mas o país ainda não se reconstruiu e falta emprego para a população. Em 2015, um grande contingente de haitianos tentou entrar no Brasil por Rio Branco, no Acre, e Jean era um deles. Passou antes pela República Dominicana, Panamá, Equador e Peru. Quando entrou no Brasil, ficou três dias sem comida. “Tinha apenas água. Foi muito difícil”, conta Jean sem muita vontade de contar. Quando a família enviou dinheiro, ele conseguiu seguir para São Paulo e depois, Campinas. Em abril de 2015 chegou à cidade.
Por intermédio da Prefeitura, conseguiu um emprego para fazer recapeamento. “Melhorou, mas tudo ainda é difícil, documentação, pagar aluguel.” No Jardim Florence I recebeu a visita do padre André Luiz Bordignon, da Paróquia Jesus Cristo Libertador, na casa onde morava com a comunidade haitiana. O psiquiatra que o indicou para a boulangerie prestava serviços na paróquia. Hoje contratado como padeiro, Jean faz planos de ir para a Islândia e, um dia, voltar ao Haiti, porque sente saudade da família e de sua filha de 7 anos. Ele ainda mora com os amigos haitianos e diz que agradece muito a todos que o ajudaram, como o padre e o patrão.
A história de Yosbel
Ele era lutador de luta Greco-romana em Cuba na sua adolescência. Corria 25 km por dia e fazia treinamento intensivo. Mas, aos 16 anos, sua condição de filho único o fez mudar. “Eu vi em casa um ovo na geladeira, só açúcar e água, então decidi ajudar minha mãe. Vê-la sofrer me fez mudar de vida. Comecei a trabalhar e estudar”, lembra Yosbel Asen Diaz. Fez curso de eletrônica e depois de hotelaria e turismo, onde há os melhores empregos do mercado de trabalho do país.
“Cuba é uma ilha muito linda e o turismo é importante fonte de recurso. Tive liberdade de escolher minha profissão”, diz Yosbel. Aos 30 anos, mais uma vez uma mulher o fez tomar outra decisão importante em sua vida. O cubano conheceu a brasileira Vivian dos Santos Queiroz, que viajava a trabalho. “Ela me hipnotizou”, brinca. “É difícil deixar sua cultura, sua vida, mas eu me apaixonei. Algo me dizia que eu precisava construir minha família. E agora ela está grávida”, diz sorrindo.
Yosbel afirma ter sido bem recebido no Brasil por todos. No Departamento de Cidadania da Prefeitura de Campinas ele busca apoio para conseguir um emprego. Também faz aulas de português pelo programa da Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec), onde convive com imigrantes de Gana, Paquistão, Tunísia, Egito, Marrocos, Síria, Nigéria e Senegal. Lá ouve histórias que o faz ter certeza de que tem uma situação privilegiada, porque muitos deles passam por dificuldades que comovem o cubano.
A história de Suhib e Chaza
A síria Chaza Alturkmani é economista e tinha, na Síria, uma empresa de turismo. Seu marido, Suhib Zinou, de 60 anos, também era empresário, dono de uma empresa que fabricava elevadores. Os três filhos estudavam na cidade onde moravam, Alepo, a segunda maior do país depois da capital, Damasco. O filho cursava engenharia elétrica e uma das filhas já era médica. Mas a guerra acabou com tudo isso e a família se viu obrigada a sair do país deixando tudo pra trás.
Escolheram Campinas por indicação de um amigo sírio que já viera antes para a cidade. Apesar de terem conseguido sair com vida e com dinheiro suficiente para a viagem e o hotel no início, a família diz que foram muitas as dificuldades. A maior delas foi a língua. Os filhos superaram esta barreira rapidamente. O filho já ingressou na Unicamp para concluir seu curso universitário, a filha médica trabalha em mais de um hospital em Campinas e região, e a outra estuda. O casal, no entanto, fala da dificuldade em aprender português, apesar de terem aberto um restaurante há dois anos, que teve sucesso e mantém movimento constante.
“Sem trabalho não há vida”, diz Suhid. “E sem o português não dá pra trabalhar em empresa. Por isso abrimos o restaurante. Minha mulher faz aqui o que fazia em casa, e eu cuido do atendimento.” Todos os dias às 5h eles começam o trabalho do restaurante Castelo de Alepo, que abre para o almoço o self-service de comida árabe. Com muito trabalho, dizem eles, não conseguem fazer aulas de português.
“Nossa vida na Síria era muito boa. Os filhos querem ficar aqui, mas nós queremos voltar”, diz Chaza. “Às vezes, quando fico pensando nisso, tenho saudade. Aqui tudo é diferente. Mas nós agradecemos a todos que nos ajudaram. O brasileiro é muito amigável.”
O casal frequenta a mesquita muçulmana do bairro Taquaral e faz encontros com outros sírios na cidade, que são cerca de 20, segundo Chaza. “Eu sei de um sírio que trabalha com pintura, outro tem uma tenda na feira com comida árabe e todos trabalham”, conta Suhib.
Segundo Suhib, o momento que fez a família decidir sair da Síria foi quando caiu uma bomba sobre a universidade, em Alepo, num momento em que o filho estava lá. Suhib tentava falar com o filho e não conseguia. Demorou mais de duas horas até saber que ele estava vivo. No hospital, a filha também começou a conviver com a presença de soldados. Tudo isso os fez sair do país. “Hoje minha casa foi tomada pelo governo. Eles dormem na minha cama de verdade”, lamenta.
Parabéns, Pocahontas, matéria completíssima e com uma putza sensibilidade!
Carlãozinho, querido, estas palavras vindas de você ganham um peso ainda maior pra mim. Bom demais! Obrigada. Beijos
Conheço o Yosbel, a gente é d mesmo bairro em Cuba, muito gente boa. Bom saber que ele esta aqui nesta terra amada. O melhor pra ele e o resto. Paz e amor.