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São Paulo recebe R$ 2,6 bilhões para novo sistema de água mas risco de caos em 2015 permanece
Sistema Cantareira quase seco: situação dramática na região mais populosa do país (Foto Adriano Rosa)

São Paulo recebe R$ 2,6 bilhões para novo sistema de água mas risco de caos em 2015 permanece

O governo de São Paulo receberá R$ 2,6 bilhões, com grande parte de recursos da União, para a construção de um novo sistema adutor de água para a Grande São Paulo, conforme anúncio feito nesta quinta-feira, 4 de dezembro, pela presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alkmin. Entretanto, o Sistema Produtor São Lourenço não resolve a curto prazo a crise hídrica no Estado, pois estará pronto somente em 2017. Com isso, permanece o risco de um caos no abastecimento em 2015, se não chover o suficiente para a recomposição adequada dos reservatórios do Sistema Cantareira, que continuam caindo, chegando a 8,3% nesta quinta-feira.

Segundo o Palácio do Planalto, o Sistema Produtor São Lourenço está orçado em R$ 2,6 bilhões e será financiado através de uma Parceria Público-Privada, com parte dos recursos oriunda do Fundo de Garantia do Tempo do Serviço, gerido pela Caixa Econômica Federal. A obra vai beneficiar 1,5 milhão de pessoas em sete municípios da parte oeste da região metropolitana de São Paulo e a expectativa é a de que reduza a dependência dos outros sistemas, entre eles o Cantareira, que está em colapso devido à  falta de chuva. Entretanto, o Sistema São Lourenço, que já está em andamento, deverá ser concluído em meados de 2017. A água do novo sistema, que virá do Rio São Lourenço, será captada a 83 quilômetros da capital e armazenada na Represa do França.

Continua, portanto, um grande risco de caos no abastecimento da Grande São Paulo em 2015, pela redução gradativa do nível dos reservatórios do Sistema Cantareira, formados com água da bacia do rio Piracicaba. A região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) também sofre com a estiagem, pois tem conexão com o Cantareira.

A Agência Nacional de Águas (ANA) determinou no início da semana um limite para a retirada de água do Cantareira em dezembro, para evitar que os reservatórios cheguem “zerados” no início de 2015. Nos próximos dias devem ser divulgadas e confirmadas as regras de restrição de uso da água nas bacias PCJ, onde está a Região Metropolitana de Campinas, em função da estiagem histórica.

 

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