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LISBOICES: Uma nova Lisboa por todos os lados
Lisboa, canteiro de obras e destino mais procurado (Foto Divulgação)

LISBOICES: Uma nova Lisboa por todos os lados

Por Eduardo Gregori

Lisboa é eleita há anos como o melhor destino do mundo para se visitar. Se depender da revolução que está para acontecer, a cidade não terá onde alojar os turistas que devem chegar a este lado do Atlântico.
A cidade já se transformou em um canteiro de obras e será remodelada em ambas as margens do Tejo. Do lado sul, depois de anos de discussão sobre a viabilidade ambiental, a cidade do Montijo será o local do novo aeroporto lisboeta. As obras do Aeroporto do Montijo foram aprovadas e devem começar em breve. O novo terminal vai desafogar o já colapsado Aeroporto de Lisboa e deverá operar mais voos regionais dentro de Portugal e da Europa.
Para cruzar o rio em direção a Lisboa, a empresa que vai operar o terminal terá de providenciar uma ligação rápida entre o aeroporto e a capital, que deverá ser feita de barco. Além disso, terá de construir uma extensão de rodovia para permitir que o acesso também possa ser realizado por meio terrestre.
Ainda do lado sul, o antigo estaleiro da empresa Lisnave que ocupa uma extensa área junto ao Tejo na cidade de Almada, será transformado em um grande e ambicioso complexo habitacional. A empresa responsável quer construir arranha céus nos moldes da orla de Dubai, com edifícios altíssimos com lojas, bares e restaurantes e uma marina. Tudo com a belíssima vista de Lisboa, do outro lado do rio. Por aqui dizem que os preços de imóveis, após esta intervenção, vão explodir!
Do lado norte da margem, na capital lusa, as obras começaram por um dos lugares mais conhecidos da cidade, a Ribeira das Naus. O trecho que vai do Cais do Sodré até o Terreiro do Paço está sendo todo remodelado. Atualmente, a estação fluvial do Terreiro do Paço está na parte final das obras e será usada por embarcações turísticas que cruzam o Tejo.
O projeto ainda vai devolver boa parte da orla que havia sido construída para que barcos pudessem atracar e que agora serão deslocados para uma marina e um yatch club que deve surgir em breve. A ribeira também vai ganhar bancos-namoradeiras, para quem deseja apreciar a vista à dois, além de um espaço verde para curtir o sol e relaxar na beira-rio.
Já no Centro de Lisboa, até junho deste ano, as ruas serão fechadas para veículos. Só poderão circular pela Baixa e pela região dos Restauradores, veículos de residentes, taxis, elétricos e ônibus de turismo oficiais. Além de criar uma gigantesca área com prioridade para pedestres, a prefeitura de Lisboa quer diminuir o trânsito na região, diminuir a emissão de carbono no centro histórico e priorizar o transporte público. Neste projeto também está incluída a criação de ciclovias, que atualmente não existem no centro.
Muito para já a cidade ganhará um aspecto mais acolhedor para quem prefere andar a pé. Lisboa, apesar de ser uma metrópole, ganha assim um ambiente mais humanizado, mais verde e menos caótico. Tá aí um bom motivo para visitar e quem sabe viver em Lisboa. Eu vivo, e adoro!

Sobre Eduardo Gregori

Eduardo Gregori é jornalista formado pela Pontifícia Católica de Campinas. Nasceu em Belo Horizonte e por 30 anos viveu em Campinas, onde trabalhou na Rede Anhanguera de Comunicação. Atualmente é editor do blog de viagens Eu Por Aí (www.euporai.com.br) e vive em Portugal