Por Eduardo Gregori
O terceiro Estado de Emergência está para acabar em Portugal. Desta vez não temos a certeza se irá continuar ou não. Antes era claro, pois estávamos no meio da pior fase da contaminação do Covid-19 em Portugal.
Desta vez nem os analistas políticos sabem bem qual será o anúncio do presidente Marcelo Rebelo de Sousa. A única certeza é que vamos começar a sair lentamente da quarentena, mas sob vigilância apertada.
Vários setores da economia foram conversar com o presidente. Portugal precisa reativar a economia. O país, que depende muito do turismo, não pode arriscar a quebra também da cadeia produtiva.
No Algarve, sul de Portugal e região que vive estritamente dos milhões de turistas que chegam do exterior para o verão, o clima é de tristeza. Com hotéis fechados há mais de um mês, teme-se que nem com o afrouxamento da quarentena os estrangeiros virão.
Um dono de hotel disse na TV que mesmo se os portugueses forem passar as férias por lá seria possível salvar a temporada. A pressão de representantes dos setores não essenciais e que estão fechados há quase dois meses tem feito o governo se apressar para desenhar a volta das atividades, mas sempre colocando a segurança dos cidadãos em primeiro lugar.
Mas nessa volta, o governo não pensa em retomar tão já o contato com o mundo externo e, por isso, sugere que as férias de verão dos portugueses deve ser mesmo dentro dos limites do país.
Confesso que fiquei triste. A esta altura eu já estaria com minha mala pronta para ir ao Brasil, mas não poderei. Com as fronteiras fechadas e sem previsão para abrir, cancelei minha passagem.
Enquanto isso a imprensa especula como serão as medidas para sairmos de casa rumo a este admirável mundo novo, no qual teremos de conviver com o coronavírus em sociedade.
Se as especulações se tornarem realidade, no dia 4 de maio serão reabertos os pequenos mercados, os salões de beleza e poderemos ir com mais liberdade aos parque e até mesmo nas praias, que estão fechadas.
O primeiro-ministro António Costa e sua equipe correm para decidirem como será nossa vida social daqui para frente. O que se sabe é que os salões e barbearias não poderão atender a pessoas sem marcação.
Dentro, terão de garantir a distância mínima de dois metros entre as pessoas. Nos mercados haverá uma lotação máxima permitida e as pessoas não poderão entrar sem máscara e também serão orientadas a manter uma distância de segurança.
Nas praias, a polícia será destacada para monitorar a lotação e a aglomeração no areal. Para ir a praia deveremos manter distância dos outros banhistas e não poderemos sentar em grupos grandes. Não definiu-se o número de pessoas juntas, mas acredita-se que poderão ser apenas duas.
Há empresas que já desenvolveram o protótipo de uma cabine de acrílico para serem instaladas nas praias. Os hotéis estão interessados, mas todo o setor aguarda o anúncio oficial de como será a retomada à normalidade.
A “normalidade”já vem se desenhando e o seu símbolo é a máscara. No momento é obrigatório o uso delas nos transportes públicos, nos bancos e nos supermercados. Há quem vá além e adote as luvas no kit essencial para a vida fora de casa.
Se tudo der certo vamos seguir em frente. Entretanto, o primeiro-ministro já disse que, se a contaminação crescer, deveremos voltar mesmo para dentro de casa. Antes de dar o primeiro passo para fora do confinamento teremos que, mais uma vez, nos recolher com maiores restrições.
Nas comemorações do 1º de Maio, repetindo a semana da Páscoa, não poderemos sair de nossas cidades e nossos passeios só poderão ser até 100 metros de casa.
Como será este novo mundo? Não sei. Portugal está desenhando-o no seu imaginário tendo como referência a Organização Mundial da Saúde e a experiência de outros países que já estão “libertando”seus cidadãos. Nos deseje sorte!
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