As duas manifestações realizadas neste domingo, 15 de março, em Campinas, contra o governo da presidente Dilma Rousseff e o PT dividiram o público. A primeira, pela manhã, foi realizada no Largo do Rosário, com passeata até o Centro de Convivência. A segunda, no início da tarde, seguiu mais ou menos o mesmo roteiro. A unir os dois atos, palavras de ordem contra o governo e pelo impeachment da presidente da República. Não faltaram cartazes demonstrando simpatia com os militares. Os dois atos somaram entre 30 e 40 mil manifestantes, dependendo da fonte, como os organizadores, a PM ou a Guarda Municipal.
O segundo ato começou com concentração em frente à Catedral Metropolitana, também na região central. Os manifestantes seguiram depois pelas avenidas Francisco Glicério, Moraes Salles e Júlio de Mesquita, até uma pausa no Centro de Convivência Cultural. Retornaram depois para a Francisco Glicério.
Nos dois atos, Muitas palavras de ordem contra o governo, a presidente Dilma, o ex-presidente Lula e o PT. As ligações com governos de países como Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador foram lembradas e muito criticadas.
Não faltaram cartazes nos dois atos em defesa dos militares. No ato pela manhã, contudo, quando um dos que usaram o microfone se pronunciou nesse sentido, recebeu a vaia de grande parte do público que estava no Largo do Rosário.
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, também foi lembrado. Protestos contra a corrupção na Petrobrás foram a justificativa para os dois atos, onde não faltou, entretanto, por parte de muitos, a defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Somados, os dois atos mobilizaram cerca de 20 a 40 mil pessoas, segundo a Polícia Militar e Guarda Municipal ou os organizadores. Uma diferença nítida com junho de 2013: os atos daquele ano terminaram com lançamento de bombas de gás lacrimogênio no Paço Municipal. Os de hoje transcorreram sem incidentes.