Mais de 140 mil pessoas saem regularmente de Campinas para trabalhar e estudar em outro município. A informação está contida no estudo “Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil”, divulgado nesta quarta-feira, 25 de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo compreende um mapeamento dos 294 arranjos populacionais, abrangendo municípios com manchas urbanas contínuas ou muito próximas de outros municípios. Esses 294 arranjos, envolvendo 938 municípios com áreas urbanas contíguas ou próximas, somam 55,9% da população brasileira. O estudo remete para questões sobre as condições das estradas e enorme volume de recursos dispendidos regularmente em pedágios.
O arranjo populacional de Campinas compreende, além da cidade-sede, Cosmópolis, Hortolândia, Monte Mor, Paulínia, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Apenas em relação aos outros seis municípios do arranjo, deslocam-se regularmente de Campinas 125.732 pessoas para estudo ou trabalho. Somando-se os deslocamentos de todos os sete municípios do arranjo de Campinas, são 158.896 pessoas deslocando-se regularmente para estudo ou trabalho.
Mas o arranjo de Campinas também tem uma relação permanente de deslocamento com outros oito arranjos, sobretudo com São Paulo (25.916 pessoas deslocando-se regularmente) e o arranjo Americana-Santa Bárbara d´Oeste (21.419 pessoas). O arranjo de Campinas também mantém fluxos de deslocamento com os arranjos de Jundiaí, São José dos Campos, Baixada Santista, Itu-Salto, Sorocaba e Piracicaba.
De acordo com o estudo do IBGE, o arranjo de Campinas, somando quase 1,9 milhão de habitantes, tem o maior PIB, de R$ 71 bilhões (referentes a 2011), entre todos os arranjos situados entre 1 milhão e 2,5 milhões de habitantes. Em segundo lugar está o arranjo de Vitória (ES), com R$ 50 bilhões, e em terceiro o de Manaus (AM), com R$ 48 bilhões. O PIB per capita do arranjo de Campinas também é o maior nessa faixa populacional, de R$ 38.080,00, estando o arranjo de São José dos Campos (SP), com R$ 33.784,00.