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Campinas atrai R$ 7,6 bilhões de investimentos em três anos, mas déficit na balança comercial é de US$ 7,36 bilhões
Viracopos continua sendo termômetro fundamental para a economia de Campinas e região (Foto Adriano Rosa)

Campinas atrai R$ 7,6 bilhões de investimentos em três anos, mas déficit na balança comercial é de US$ 7,36 bilhões

Entre 2013 e 2015, foram anunciados investimentos para Campinas, em vários setores de atividade, somando R$ 7,6 bilhões, um dos mais altos valores para um município em todo país. No mesmo período, porém, a balança comercial de Campinas somou um déficit de 7,36 bilhões, mas de dólares, número que confirma como a cidade é um microcosmo da economia brasileira, muito dependente da volatilidade da economia internacional. Os números foram anunciados nesta quarta-feira, 2 de março, pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo (SMDES), e confirmaram a vocação tecnológica da cidade e região metropolitana. Os Tigres Asiáticos representam cada vez mais um peso pesado na balança comercial campineira.

Em termos individuais, o maior investimento anunciado para Campinas no período foi o de R$ 1,18 bilhão para a construção do Acelerador Sirius, projeto do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que gerencia o atual Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS).  Com a previsão de início de funcionamento em 2018, o Sírius será um dos dois complexos de fontes de luz síncroton de quarta geração do planeta – a outra está em construção na Universidade de Lund, na Suécia. Grande parte dos recursos para o Sirius será destinada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), como já informou a Agência Social de Notícias (aqui).

O setor de tecnologia representa, de fato, uma área que continua muito dinâmica em Campinas, apesar do cenário econômico nacional e internacional adverso. Ao lado da indústria, o segmento representa outros R$ 2,3 bilhões anunciados para Campinas nos últimos três anos. Mais R$ 2 bilhões foram anunciados em investimentos em hotelaria, R$ 1,27 bilhões em logística e R$ 880 milhões por outros setores.

Mas se a região continua atraente para investimentos em algumas áreas, a sua principal cidade também sente o reflexo da economia global e um dos sinais é a balança comercial negativa em US$ 7,36 bilhões nos últimos três anos, e de US$ 10 bilhões nos últimos quatro anos, computando os valores de exportação e importação desde Campinas, segundo também informou a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo, no “Resumo Macroeconômico da Cidade de Campinas 2015″.

Conforme o documento, os principais destinos de exportação desde Campinas em 2015 foram os Estados Unidos (16,25%), Argentina (13,32%), México (9,46%), Alemanha (9,15%), Chile (4,24%) e China (3,58%). A mesma China representou, por outro lado, a principal origem das importações por Campinas em 2015, com 20,34%, ultrapassando os Estados Unidos, que somaram 18,93%. As outras principais origens das importações por Campinas no ano passado foram Vietnã (12,63%), Coreia do Sul (9,81%), Alemanha (8,17%), Malásia (3,27%) e Japão (3,22%).

“O principal destaque é o fato de que a pauta exportadora de Campinas – formada por medicamentos, combustíveis e motores como destaques- tem maior valor agregado que a pauta exportadora nacional, em que commodities como soja, óleos brutos de petróleo e minérios de ferro são os principais produtos”, afirma o Resumo Macroeconômico, produzido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo, em parceria com Secretaria Municipal de Finanças, Secretaria Municipal de Urbanismo e Sanasa.

 

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