No domingo, dia 26 de outubro, é hora de eleger: continuamos depredando ou resgatamos uma relação fundamental de respeito aos mananciais, assegurando a proteção dos recursos naturais e o bem estar das futuras gerações. Esta é a reflexão que o cantor e compositor Cláudio Lacerda (SP) fará em Campinas no domingo, durante a apresentação do projeto “Olhos d’água”, marcada para começar às 16 horas, no teatro do SESC Campinas.
Em um momento que a crise hídrica ganha as pautas das principais discussões ambientais no Estado de São Paulo e no país, ele destaca: somente por escolhas responsáveis de consumo, entre outras atitudes conscientes, poderemos nutrir a vida dos rios, e impactar o mínimo possível seus cursos e nascentes. Esse é o nosso papel de “Olhos d’água”, projeto que decorre da formação e trajetória musical de Lacerda, mas também de sua vocação ambientalista.
Graduado em Zootecnia pela UNESP, em Botucatu, ele trabalhou por 10 anos no campo como consultor de fazendas, antes de iniciar sua carreira musical. A ferramenta utilizada para que o seu recado seja transmitido é a música regional, voz legítima de artistas que vivem para o interior brasileiro, e defendem a preservação da natureza por meio de sua arte. Em arranjos personalizados, o repertório do “Olhos d’água” é assinado por nomes reconhecidos como Luiz Gonzaga, Renato Teixeira, Sá&Guarabya, e por autores também atentos aos nossos recursos naturais como Paulo Simões, Fernando Guimarães, Luiz Salgado, Rodrigo Delage e o próprio Cláudio Lacerda.
Em seu ofício de músico, Cláudio se destaca como intérprete e compositor desde que lançou, em 2003, “Alma Lavada”, primeiro álbum da discografia que ainda inclui “Alma Caipira” e “Cantador”. O cantor e compositor já dividiu palco de várias casas pelo Brasil ou faixas de seus três discos com Dominguinhos, Renato Teixeira, Miriam Mirah, Pena Branca, Tinoco, Paulo Simões, Alzira E., Tetê Espíndola, Lula Barbosa, Cris Aflalo, Levi Ramiro e Paulo Freire, entre outros.
Em 2006, após assistir no cinema ao documentário “Uma verdade inconveniente”, de Al Gore, passou a estudar matrizes energéticas, acompanhar políticas públicas e ações individuais que tratam do uso racional dos recursos naturais. Uma viagem de barco em 2008, com o compositor Paulo Simões (MS), por toda a extensão da hidrovia Tietê-Paraná, rendeu a canção Mar Caipira – inédita e presente no espetáculo -, e despertou a vontade de produzir um trabalho com o tema, agora maturado e prestes a ser compartilhado por “Olhos d’água”.