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O Hospital Municipal e Maternidade Dr. Acílio Carreon Garcia, em Nova Odessa, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), interior de São Paulo, decidiu suspender cirurgias e isolar os pacientes. O motivo: cinco pacientes foram diagnosticados com a presença de uma superbactéria denominada KPC – Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase. Como informou a Secretaria Municipal de Saúde, a medida é apenas preventiva uma vez que não há risco de contaminação no hospital. “Não há motivo para alarde”, ressaltou nota da secretaria. A RMC também está em alerta para a dengue, transmitida pelo Aedes Aegypti, mesmo transmissor da Febre Chikungunya.
Um dos pacientes, do sexo masculino, diagnosticados com a bactéria morreu no local, na última sexta-feira, como informou a Agência Brasil. De acordo com a secretaria, o falecimento decorreu de quadro clínico anterior complexo, somado a uma pneumonia. O homem esteve internado anteriormente no Hospital Estadual de Sumaré (SP), onde recebeu alta e, no retorno a sua casa, desenvolveu uma pneumonia e foi levado ao hospital de Nova Odessa.
Nenhum dos cinco pacientes contraiu a bactéria no hospital, segundo a Secretaria de Nova Odessa. “Todos os pacientes são pessoas com a saúde debilitada e passaram por outros hospitais recentemente, dando entrada no hospital municipal já contaminados”, destaca a nota.
O hospital informou ter adotado todas as medidas preventivas necessárias, orientado principalmente pelo hospital de referência Emílio Ribas. O hospital não precisou ser fechado, mas a ala onde estão isoladas e as equipes médicas que os atendem utilizam equipamentos de proteção individual, completa a Agência Brasil.
Conforme o Ministério da Saúde, o primeiro registro de KPC no Brasil foi em 2005. A transmissão ocorre por contato direto, como tocar a pessoa contaminada, ou indireto, pelo uso de objeto comum. Para evitar a proliferação, o conselho é não tomar antibióticos por conta própria e seguir as recomendações médicas. É igualmente importante lavar bem as mãos antes e depois do contato com pessoas contaminadas.
A superbactéria KPC foi identificada originalmente nos Estados Unidos, em 2000. Ela deriva de mutação genética que torna resistentes outras bactérias e ela mesma a vários antibióticos. Prostração, febre, tosse nos casos de pneumonia e dores no corpo, em particular na bexiga, quando ocorre infecção no trato urinário, são sintomas dos atingidos pela superbactéria.
Dengue – Cidades da RMC também estão em operação de prevenção à dengue. A Prefeitura de Campinas, por exemplo, remove umais de 1,3 mil toneladas de entulhos de uma área no Jardim Florence, região Noroeste da cidade, nos últimos quinze dias, numa operação contra a dengue. O terreno tem cerca de 2 mil metros quadrados, às margens do córrego Capivari, atrás do Centro de Saúde (CS) do bairro – o CS fica na rua Nelson ferreira de Souza, 292, Jardim Florence 2.
A ação faz parte da ofensiva do município contra a dengue e foi planejada em conjunto pela secretarias de Saúde, Serviços Públicos e do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SVDS). A Secretaria de Educação também atua como parceira.
O Aedes aegypti, transmissor da dengue, é o mesmo vetor da Febre Chikungunya, em escala ascendente no país. Mais de 700 casos já foram confirmados pelo Ministério da Saúde.
Nesta sexta-feira, funcionários da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e integrantes do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, discutiram os riscos de ocorrências de dengue e da Febre Chikungunya.
