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Com homenagem a Ilcéi Mirian, City Banda faz tributo ao samba de raiz
Ilcéi Mirian: pela defesa da cultura negra (Foto Adriano Rosa)

Com homenagem a Ilcéi Mirian, City Banda faz tributo ao samba de raiz

Uma pessoa em especial estava muito feliz com o sucesso da City Banda em seu novo endereço, a praça Arautos da Paz. Era a cantora Ilcéi Mirian, a homenageada do ano pela Confederação de Blocos em que se transformou a banda e que mobilizou milhares de foliões no sábado, dia 18 de fevereiro, abrindo o Carnaval de Campinas em 2017.

“A sola de meus pés denunciou como foi grande a minha alegria”, resume Ilcéi Mirian com a homenagem que, na prática, representou um tributo ao samba de raiz na cidade. “Geralmente estou trabalhando no Carnaval, mas desta vez foi para brincar muito, curtindo essa homenagem que muito me honrou”, completa a cantora, cuja trajetória resume um pouco da biografia do samba campineiro.

Historiadora de formação, durante um bom tempo deu aulas na rede pública. Mas a música se impôs e, depois de aulas de violão com o professor Dino, descobriu, ou foi descoberta, pelo cavaquinho. Nenê do Cavaco é uma de suas referências.

A cantora sendo homenageada pela diretoria da City Banda: tributo ao samba (Foto Divulgação)

A cantora sendo homenageada pela diretoria da City Banda: tributo ao samba (Foto Divulgação)

Em 2002 Ilcéi lançou, pela gravadora Camerati (de Campinas), o CD “Samba de batom”, com faixa-título de autoria da dupla de conterrâneos Rinaldo e Ido Luiz,  além de Belchior e José Luiz Pena em “Comentários a respeito de John” e outros compositores como Mauro Diniz, Markinhos Sargento, Prince, Boca, Vagner Boneto, Valdir de Oliveira, Diva, Moreira, Armando Moreli e Nyva. O CD teve produção executiva de Belchior e foi lançado no Tonico’s Boteco.

Depois vieram os shows “Tributo a Adoniran Barbosa”, “Da Senzala à Casa-Grande: A Miscigenação na MPB”, “Cantando a História do Brasil” e “Não Me Leve a Mal, Hoje É Carnaval”, sempre  com acompanhamento pelo grupo Bambas do Samba. Em 2008 “Histórias & canções de Clara Nunes –  Ilcéi Mirian e Bambas de Samba”, no Teatro do Centro de Convivência. Em  2009 recebeu a Velha Guarda da Rosas de Ouro no Tonico’s.  Em 2010 de novo a inspiração em Clara Nunes, com o show “Clara: Mineira, Guerreira”, com direção de Marcos Ferreira, no Sesc Ipiranga, em São Paulo, acompanhada pelo grupo Bambas de Samba. No mesmo ano o segundo CD,  com produção de T. Kaçula, o “Minha identidade”, também lançado no Tonico´s.

Ilcéi e City Banda: tempos e espaços da alegria (Foto Divulgação)

Ilcéi e City Banda: tempos e espaços da alegria (Foto Divulgação)

Sempre a preocupação com a contextualização, com a expressão da importante daquela música, daquele compositor, para aquele momento da vida campineira e brasileira.  Incansável, Ilcéi ainda é co-fundadora da Feira Cultural Afro Mix, uma iniciativa que já completou treze anos. Um espaço de diálogo e fortalecimento da identidade cultural afro-brasileira.

“Nosso objetivo é evidenciar a cultura negra e fazer um evento de oportunidades e trocas. Queremos que todas as etnias se encontrem aqui”, diz Ilcéi Mirian sobre a Feira Afro Mix. No desfile histórico da City Banda no sábado, 18 de fevereiro de 2017, a homenagem a Ilcéi foi uma reverência à cultura afro-brasileira e a uma de suas maiores manifestações, o samba.

Ilcéi Mirian na City Banda na praça Arautos da Paz (Foto Divulgação)

Ilcéi Mirian na City Banda na praça Arautos da Paz (Foto Divulgação)

 

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