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Coletivo Dulcinéia Catadora apresenta seus livros artesanais na Feira SUB de Campinas
Muro de livros, instalação em São Paulo, com produções de Dulcinéia (Foto Lúcia Rosa)

Coletivo Dulcinéia Catadora apresenta seus livros artesanais na Feira SUB de Campinas

Estética e política, arte e cidadania, poesia e ação social. Estas fórmulas polêmicas, geradoras de muita discussão e questionamentos no campo da cultura, estão presentes na trajetória de pensadores como Joseph Beuys e Glauber Rocha e tangenciam a vigorosa proposta do Coletivo Dulcinéia Catadora, uma das atrações da Feira SUB de Arte Impressa e Publicações Independentes, neste sábado, dia 16 de setembro, em Campinas.

O projeto tem mais de dez anos. Tudo começou com a parceria estabelecida entre catadores de papel brasileiros e o coletivo argentino Eloísa Cartonera, para uma ação na 27a Bienal Internacional de São Paulo, no final de 2016, realizada sob o lema “Como Viver Junto” (tema de seminários de Roland Barthes na década de 1970).

Com a curadoria de Lisette Lagnado, a Bienal foi revolucionária em vários sentidos. Participaram da ação os artistas argentinos Javier Barilaro e Ramona Leiva e o colaborador-editor Cristian De Napoli e, pelo Brasil, Lúcia Rosa e Peterson Emboava.

Foi a semente do Dulcinéia Catadora, que se consolidou como um coletivo artístico de produção de livros artesanais, com capaz de papelão pintadas a mão. Escritores são convidados a participar, doando contos e poemas, enquanto artistas plásticos propõem livros que contemplem o coletivo na produção de conteúdos.

Assim os livros incluem textos, fotografia, serigrafia e desenhos. Já são mais de 125 edições nesta década de trabalho colaborativo. Plínio Marcos, Manoel de Barros e Alice Ruiz são alguns dos escritores que já tiveram obras editadas pela Dulcinéia.

Na segunda edição da Feira SUB, o Dulcinéia Catadora, que hoje funciona em uma cooperativa de materiais recicláveis em São Paulo, participará com livros infantis e para adultos. “Tenho certeza de que será um sucesso! Ter contato com o público é sempre muito estimulante. Podemos falar de cada publicação, explicar cada trabalho”, anima-se Lúcia Rosa, do coletivo Dulcinéia, sobre sua expectativa para o evento, que acontece entre 11 e 21 horas, na Biblioteca Pública Municipal “Prof.Ernesto Manoel Zink”, com entrada grátis.

Para Lúcia, feiras de publicações independentes são fundamentais para o segmento, “pois são nelas, na maioria das vezes, que podemos mostrar nosso trabalho. As feiras têm o papel de formar público”, ela comenta.

Desde a primeira feira, a Tijuana em São Paulo, em 2009, muitas feiras foram criadas em todo o país e o público só cresce, ano a ano, acrescenta Lúcia. A Feira SUB é uma iniciativa do The Mix Bazar e tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Campinas, Instituto CPFL e Agência Social de Notícias.

 

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