Cacalo Fernandes
O dia era longo. Era um dia pra ninguém botar defeito. Também ele nasceu abençoado! Ele havia recebido um beijo do além quando apareceu. Era algo sincero e que trouxe a paz.
Tomara que ele viera para um lugar sem tiros. Por alguns dias! Pois bem! Nestes alguns dias, iria para a rua para comprar o que quisesse nos principais mercados. Seria uma farra.
Seria uma farra entre parênteses. A senha parecia duvidosa. Bem, engano, estava perfeita. Vamos às compras. Chocolate, chocolate e chocolate. Ah, sim! Faltou um produto: chocolate líquido. Estava tudo resolvido.
Chocolate, ah, chocolate! Como abençoa a alma! Com a alma encantada, partiu para a esbornia, a farra começara. Lá estava o sonho de descobrir o além.
O além tinha um nome perfeito: chocolate, chocolate para a alma. Agora chega de chocolate, ufa! Será que não tinha mais nada com o que sonhar? O encanto sobre o sabor não propunha reservas. E o sonho estacionou.
Sonho estacionado. Quem diria! Um dia vem o sonho estacionado! De que vale um sonho dorminhoco. Não vale nada. Nada!
Chega de sonho. Não vamos mais falar sobre o assunto por causa de um sonho. Sonho encantado com a vida. Uai! Chega de sonho. Vamos falar da vida sem o além. Vamos falar um pouco sobre o inferno. Uai!
O inferno abocanhou o chocolate. Que diabo é isso? Ué, abocanhou o chocolate? Isto, comeu o chocolate, nenhuma outra loja irá vender chocolate! Será o inferno, será o fim do mundo; ué, mas aonde vai parar a alegria, no além? Pode ser, mas pode não ser. Como vamos saber?