“Sabem por que iniciamos este processo de Cultura Viva? Porque a vida é livre”. Assim o historiador Célio Turino, convidado da Academia de Ciências do Vaticano, abriu a sua intervenção na conferência inaugural do Congresso Mundial de Scholas Occurrentes, que acontece até esta quinta-feira, 5 de fevereiro, sob o tema geral “Arte e inclusão social”. O projeto Scholas Occurrentes, liderado pelo Papa Francisco, já reúne 400 mil escolas em todo mundo. Durante o evento está sendo lançado o projeto de Scholas Labs, um laboratório educativo a nível mundial, com aulas compartilhadas através da Internet.
Turino foi convidado para abrir o Congresso em função de sua passagem pelo Ministério da Cultura, na gestão de Gilberto Gil, quando foi o organizador e principal impulsionador do Programa Cultura Viva, que resultou na proliferação de milhares de pontos de cultura pelo Brasil. Um novo conceito de cultura, fundamentado no saber e no fazer com afeto, com solidariedade, e não focado em construções ou grandes teatros.
“Empoderemos as pessoas. Que elas se encontrem e ativem iniciativas de cultura viva comunitária”, disse Turino na abertura do Congresso, que reúne participantes do mundo todo. Célio Turino, que é funcionário da Prefeitura de Campinas, sempre destacou que o primeiro Ponto de Cultura do Brasil funcionou no distrito de Joaquim Egídio.
Ainda na abertura do Congresso, o bispo chanceler da Pontifícia Academia de Ciências, monsenhor Marcelo Sanchez Sorondo, afirmou que um dos grandes desafios do mundo contemporâneo é a inclusão social, “que fundamentalmente é educação”. Já o chefe do Cerimonial do Vaticano, monsenhor Guillermo Kärcher, destacou que a proposta do Papa “é uma ideia revolucionária porque está reunindo distintas realidades, distintas entidades, desde educadores, empresários, políticos, artistas, desportistas, além das fronteiras da religião. Aqui não importa o credo e sim a boa vontade”.
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