Entre a Estação Cultura, onde chegará às 17 horas, vinda de Americana, e a Praça da Arautos da Paz, onde chegará às 20 horas, a tocha olímpica será conduzida por 77 pessoas em um percurso de 15,4 km por ruas e avenidas de Campinas na quarta-feira, dia 20 de julho. Durante esse período o trânsito será interrompido nos trechos onde estará a tocha, mas imediatamente liberado após a sua passagem, informaram na manhã desta segunda-feira os responsáveis pela força-tarefa montada há um ano e meio pela Prefeitura de Campinas, para as ações relacionadas às Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Quatro dos atletas que carregarão a tocha participaram do ato.
Além de atletas, a tocha será conduzida em Campinas por estudantes, ativistas sociais e outras pessoas indicadas ou selecionadas pela Prefeitura e patrocinadoras oficiais: Coca-Cola, Bradesco e Nissan. Ao longo de todo trajeto haverá forte aparato de segurança para a proteção do comboio de transporte da tocha e seus condutores. Soldados da Força Nacional de Segurança Pública participarão do esquema.
O percurso começará na Estação Cultura e seguirá pela avenida Campos Salles, avenida Francisco Glicério, rua Proença (para contemplar os estádios Moisés Lucarelli, da Ponte Preta, e Brinco de Ouro da Princesa, do Guarani), avenida Airton Senna, avenida Princesa D´Oeste, avenida José de Sousa Campos (Norte-Sul), rua Carlos Stevenson, avenida José de Sousa Campos, avenida Moraes Salles, rua Irmã Serafina, rua Conceição, rua General Osório, avenida Anchieta, rua Barreto Leme, avenida José de Sousa Campos, rua Mogi Guaçu, avenida Orosimbo Maia, avenida Brasil, avenida Barão de Itapura, avenida Heitor Penteado e rua Vital Brasil, até a Praça Arautos da Paz.
Ainda na Estação Cultura, haverá uma homenagem a cerca de 80 atletas de Campinas, que receberão a Medalha de Mérito Desportivo. Após o encerramento do revezamento da tocha, na praça Arautos da Paz, haverá um show com a Família Lima. Estão sendo esperadas pelo menos 20 mil pessoas nas cerimônias ligadas à passagem da tocha olímpica por Campinas.
“Sabemos que um evento esportivo não resolverá os desafios que o Brasil enfrenta e a população sabe disso. Mas as Olimpíadas são um momento muito importante para o país, que sem dúvida fará uma grande competição em defesa da paz, tão necessária nesta hora do planeta”, afirmou o prefeito Jonas Donizette na manhã desta segunda-feira, 18 de julho, no ato em que foram anunciados percurso e outros detalhes sobre o revezamento da tocha na cidade.
Como representantes dos atletas e demais pessoas que vão conduzir a tocha, participaram a especialista em heptatlo Conceição Geremias (que esteve em três olimpíadas), Maria Helena Cardoso (técnica da seleção feminina de basquete nas Olimpíadas de Barcelona), a supercampeã em arremesso de disco Odette Domingos e o alpinista Rodrigo Raineri. Todos destacaram a importância dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro para o fortalecimento dos esportes no Brasil. Na mesma linha se manifestaram o secretário municipal de Esportes, Dario Saadi, e a diretora de Turismo, Alexandra Caprioli.
Pela diversidade brasileira – Os 15,4 km de trajeto em Campinas são uma fração dos 20 mil quilômetros que a tocha percorrerá, desde o dia 3 de maio, em Brasília, até a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, dia 5 de agosto. Serão no total 12 mil condutores, transportando a tocha em média por 200 metros.
Mostrar a riqueza da diversidade cultural e natural brasileira e alimentar os apelos pela paz são alguns dos objetivos do revezamento da tocha pelo país, segundo o Comitê Olímpico da Rio-2016. Por isso o Comitê tem realizado o que chama de “operações especiais”, para levar a tocha a pontos como Fernando de Noronha, Chapada Diamantina, Chapada dos Guimarães, Amazônia, Pantanal, Foz do Iguaçu, Lençóis Maranhenses, São Miguel das Missões, Ilha Bela, Ilha Grande e Inhotim.
No total são mais de 300 cidades no percurso, e em 80 delas a tocha passa a noite, como no caso de Campinas, de 20 para 21 de julho. É a continuidade de uma tradição que o Barão de Coubertin, o idealizador das Olimpíadas modernas, resgatou no final do século 19, tendo como inspiração os Jogos Olímpicos realizados na Grécia séculos antes de Cristo. O sonho de união universal pelo esporte continua. (Por José Pedro Martins)