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Festival Volante comprova potencial de Campinas para a criatividade econômica com sustentabilidade
As crianças puderam exercitar a sua criatividade em múltiplas oficinas (Foto Martinho Caires)

Festival Volante comprova potencial de Campinas para a criatividade econômica com sustentabilidade

Campinas, 16 de dezembro de 2016

A arte itinerante, em tempos líquidos e móveis, esteve em destaque no I Festival Volante, realizado nos últimos dias 10 e 11 de dezembro na Estação Cultura. Com a participação de oito ateliês itinerantes, o evento comprovou o potencial de Campinas para a criatividade econômica com sustentabilidade, como pede a complexa sociedade contemporânea. Segundo o músico e produtor cultural Guga Costa, existe agora a expectativa de que o Festival Volante seja também itinerante, devendo ser levado a outros municípios, com as devidas adaptações de formato.

Plataforma da Estação Cultura foi um espelho da sociedade colaborativa e criativa (Foto Martinho Caires)

Plataforma da Estação Cultura foi um espelho da sociedade colaborativa e criativa (Foto Martinho Caires)

De acordo com Guga, o I Festival Volante – Artes Visuais Itinerantes deriva de um projeto de 2013, do Xilomóvel – Ateliê Itinerante. Reformulado, o projeto acabou sendo contemplado pelo Rumos Itaú Cultural (2015-2016), um dos principais programas de fomento à atividade cultural no Brasil. Foi um dos 117 projetos escolhidos, entre centenas inscritos de todo país. O Rumos Itaú Cultural é voltado para apoiar projetos multilinguagens, nos quais as diferentes vertentes artísticas dialogam entre si e permitem a interatividade com o público.

O músico e produtor cultural Guga Costa (Foto Martinho Caires)

O músico e produtor cultural Guga Costa (Foto Martinho Caires)

É o caso do I Festival Volante, que reuniu oito ateliês itinerantes, dois de Campinas e os demais de outros municípios. Cada um com um “veículo” para o “transporte” da arte. A arte móvel, que circula e envolve. A arte democrática e dialógica. A curadoria foi do Xilomóvel – Ateliê Itinerante, de Campinas.

 

criatividade em múltiplas oficinas (Foto Martinho Caires)

criatividade em múltiplas oficinas (Foto Martinho Caires)

O ateliê Fotomóbil Narrativas da Luz apresentou seu kit formado por livro-sanfona, sensível à luz, negativos digitais com formas misteriosas e pequenos objetos. Um convite à participação do público, um apelo ao uso da imaginação. Por sua vez, o grupo Grafatório, que reúne pesquisadores, designers, artistas visuais e outros profissionais, exibiu o seu processo de criação de livros de tiragem única e produzidos na hora. O coletivo sediado em Londrina (PR) utiliza diversas técnicas gráficas para compor os seus trabalhos.

Oito coletivos convidavam o público para a interatividade (Foto Martinho Caires)

Oito coletivos convidavam o público para a interatividade (Foto Martinho Caires)

criatividade em múltiplas oficinas (Foto Martinho Caires)

criatividade em múltiplas oficinas (Foto Martinho Caires)

A atividade “Paisagens em água tinta”, de Julia Goeldi, do Olhar Itinerante, foi outra atração do I Festival Volante, na Estação Cultura. Mais uma foi a oficina de fotografia analógica oferecida em um vagão pelo L.Amb Laboratório Ambulante, também de Campinas e que usa a tradicional câmera Pinhole, de fácil confecção pelos alunos.

A fotografia analógica foi personagem central de algumas narrativas do I Festival Volante (Foto Martinho Caires)

A fotografia analógica foi personagem central de algumas narrativas do I Festival Volante (Foto Martinho Caires)

Outra ação em fotografia analógica foi disponibilizada pela Oficina do Olhar, que utiliza uma câmera lambe-lambe ou caixote. Já o Xilomóvel apresentou a oficina de xilogravura, geralmente transportada em uma Veraneio 1976. Como convidado também esteve na Estação Cultura o coletivo Paraísos Íntimos, com laboratório montado em outro vagão de trem.

Ícone da sociedade idealmente sustentável, a bicicleta esteve em destaque (Foto Martinho Caires)

Ícone da sociedade idealmente sustentável, a bicicleta esteve em destaque (Foto Martinho Caires)

A bicicleta, objeto icônico de uma sociedade idealmente sustentável, esteve naturalmente em destaque no I Festival Volante. Uma oficina de xilogravura realizada em bicicleta modificada é a “pegada” do Ateliê Nômade. Do mesmo modo, Mônica Schoenacker apresentou sua Sericleta, bicicleta adaptada para a impressão de serigrafia em diversos temas e imagens.

Membros do AroE - Bicicletas Geradoras (Foto Martinho Caires)

Membros do AroE – Bicicletas Geradoras (Foto Martinho Caires)

O apelo à sustentabilidade ficou ainda mais evidente pela atuação das “bikes” do AroE – Bicicletas Geradoras. Os visitantes podiam pedalar e gerar energia, para viabilizar a exibição de pequenos vídeos. Shows das bandas Čao Laru (França/Brasil) e The Dead Rocks (Brasil) compuseram a programação musical do Festival.

Banda Cao Laru (França/Brasil) foi uma  das atrações musicais (Foto Martinho Caires)

Banda Cao Laru (França/Brasil) foi uma das atrações musicais (Foto Martinho Caires)

Uma nova sociedade projetada no horizonte, desde os trilhos da Estação Cultura. O I Festival Volante reiterou o poder da utopia possibilitada pela arte e pela partilha de ideias, criatividade e afetos.

Música, para compor um cenário multilinguagem (Foto Martinho Caires)

Música, para compor um cenário multilinguagem (Foto Martinho Caires)

Música, para compor um cenário multilinguagem (Foto Martinho Caires)

Música, para compor um cenário multilinguagem (Foto Martinho Caires)

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