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Os impactos das mudanças climáticas na América Latina: fome e risco para saúde e biodiversidade
Infográfico original produzido por Noticias Aliadas, parceira da Agência Social de Notícias

Os impactos das mudanças climáticas na América Latina: fome e risco para saúde e biodiversidade

Em 2014, 2,8 milhões de pessoas estão em risco de fome por grave seca que destrói cultivos em El Salvador, Guatemala e Honduras. As mudanças climáticas já provocam grandes impactos na América Latina e Caribe, como mostra um infográfico produzido por Noticias Aliadas, agência de notícias sediada em Lima, no Peru, a partir de informações de fontes como o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Noticias Aliadas é parceira estratégica da Agência Social de Notícias, que reproduz o seu noticiário no Brasil. Lima vai sediar, em dezembro, mais uma Conferência do Clima (COP-20), da Convenção das Mudanças Climáticas das Nações Unidas.

Segundo o infográfico, as mudanças climáticas também podem provocar aumento da aridez e escassez de recursos hídricos em áreas como o Nordeste brasileiro, processos severos de desertificação e degradação no Chile e Norte da Argentina, manguezais em risco de extinção no Caribe e Guianas, aumento de vulnerabilidade a eventos extremos no Caribe e México.

Outros impactos prováveis na América Latina, se permanecer o agravamento das mudanças climáticas, são a maior extinção de mamíferos, répteis, borboletas e pássaros, desaparecimento de recifes de coral e aumento de câncer de pele pela redução da camada de ozônio. Os impactos já estão sendo sentidos no continente, observa Noticias Aliadas, que cita a destruição pela seca, em 2011, de 1 milhão de hectares de cultivos do povo Rarámuri no México.

Na Colômbia, chuvas intensas, em dezembro de 2010, deixaram mais de 300 mortos e milhares de hectares de cultivos perdidos. Do mesmo modo, 17% do PIB de San Vicente e Ilhas Granadinas foram perdidos por chuvas e inundações em dezembro de 2013. Em 2012, os furacões Sandy e Isaac, mais uma forte seca, levaram a uma enorme destruição de cultivos no Haiti, agravando a situação econômica e social do país.

No Equador, 30% das geleiras foram pedidos em 30 anos e, se o aquecimento global continuar no ritmo atual, em 70 anos desaparecerão. No Peru, 30% das geleiras na Cordilheira Blanca também foram perdidos nas últimas três décadas. Situação pior na geleira Chacaltaya, na Bolívia, a 5.300 metros de altura, que derreteu totalmente em 2009, seis anos antes do que os cientistas previam.

Outras fontes de Noticias Aliadas para a produção do infográfico são o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Comissão Econômica para América Latina (Cepal) e Banco Central de Reserva do Peru. O infográfico foi executado por Milagros Anaya Robles.

Sobre José Pedro Soares Martins

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