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Cantareira parou de subir: região de Campinas se previne para seca
Cantareira quase secou em 2014: alerta de impacto das mudanças do clima para a região mais populosa do Brasil (Foto Adriano Rosa)

Cantareira parou de subir: região de Campinas se previne para seca

Depois de quase um mês de elevação diária, em função das chuvas, o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira parou de subir. Nesta sexta-feira, 27 de fevereiro, os reservatórios estão em 11,1%, mesma marca do dia anterior. A região de Campinas já está se preparando para a época de estiagem, a partir de abril, quando a crise hídrica pode ser intensificada segundo os especialistas. Agricultores, indústrias e até a Unicamp já estão com ações para o período.

A expectativa é se as chuvas intensas de fevereiro, que contribuíram para recuperar em parte o volume do Cantareira, continuarão em março. No dia 30 de janeiro os reservatórios estavam com 5,1%, prenunciando medidas iminentes de redução do consumo de água na Grande São Paulo.

Os especialistas, como o professor Dr.Antônio Carlos Zuffo, do Departamento de Recursos Hídricos da Faculdade de Engenharia Civil da Unicamp, lembram que os mais de 10% do Cantareira, no final de fevereiro, são computados considerando o uso do Volume Morto. Há um ano, o Cantareira estava com cerca de 18%, ainda sem usar as cotas do Volume Morto. “Vamos ver a situação em março, quando termina o período chuvoso. Depois a estiagem pode voltar e a situação novamente pode ficar crítica”, alerta o especialista.

A Região Metropolitana de Campinas, localizada no âmbito das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), já está se prevenindo para o período de estiagem. Agricultores e indústrias têm se esforçado para a captação de água das chuvas.

Nesta semana, a Unicamp divulgou o seu Plano de Contingência para a época da seca. A Unicamp é o segundo do ranking de consumo de água de Campinas, liderado pela Prefeitura.

Entre as medidas, está o estudo de captação de águas subterrâneas. A Unicamp informou que técnicos estão avaliando a possibilidade de perfuração de poços na área vizinha ao campus, adquirida em 2014 pela Universidade. O incremento ao reuso e ao uso racional também será trabalho pela Unicamp, que fará igualmente um esforço para intensificar a campanha de conscientização da comunidade universitária.

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Um comentário

  1. tereza penteado

    Se previne???

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