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Avanço da microcefalia leva à criação de salas de situação em Brasília e em São Paulo
Ministério da Saúde anunciou em Brasília parceria para estudar fatores associados entre Zika e microcefalia (Foto Adriano Rosa)

Avanço da microcefalia leva à criação de salas de situação em Brasília e em São Paulo

O avanço dos casos de microcefalia em várias partes do país provoca inquietação nas autoridades sanitárias e uma das medidas em análise é a criação de uma Sala de Situação em Brasília, envolvendo o Ministério da Saúde e outras instâncias, de modo a agilizar o monitoramento e as ações relacionadas à doença. Em 2015 já são 2.782 casos registrados no Brasil, com 40 mortes, segundo o Ministério da Saúde. O governo de São Paulo também estuda a criação de uma Sala de Situação para acompanhar a evolução da doença no estado. Está em estudo a possível relação da proliferação de casos de microcefalia com a transmissão do vírus zika que tem o mesmo vetor que a dengue e febre chikungunya, no caso o mosquito Aedes aegypti. Campinas já conta com uma Sala de Situação do tipo, para monitorar os casos de dengue.

Segundo dados do Ministério da Saúde,  foram registrados 147 casos de microcefalia em 2014, 167 em 2013 e 175 em 2012. Somente os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Santa Catarina ainda não têm casos registrados da doença. Com 1031 casos, Pernambuco lidera o ranking dos estados, seguido de Paraíba (com 429) e Bahia (com 271).

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o país conta com 16 unidades para diagnosticar o vírus zika. O repasse da tecnologia de diagnóstico às novas unidades capacitadas está sendo feito pelos laboratórios sentinelas de referência da Fiocruz, localizados no Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Pará (Instituto Evandro Chagas) e São Paulo (Instituto Adolfo Lutz).

Nos últimos dias, mais de 200 mil novos agentes comunitários de saúde foram para as ruas em todo país, para combater os focos de Aedes aegypti. Os profissionais se juntam aos 43.920 agentes de combate às endemias que já realizavam o serviço junto à comunidade. A portaria com a inclusão das novas atribuições foi publicada no Diário Oficial da União.

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