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Proteger a vida e diminuir ainda mais a desigualdade são os maiores desafios de Dilma Rousseff
Distrito Federal teve três casos e Campo Grande, um: Chikungunya chega a grandes centros urbanos (Foto Adriano Rosa)

Proteger a vida e diminuir ainda mais a desigualdade são os maiores desafios de Dilma Rousseff

Ampliar as medidas de proteção da vida, diminuindo a escalada de violência e as agressões contra os recursos naturais, e reduzir ainda mais a desigualdade, através de maior produção e maior geração de renda, são os grandes desafios da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) para o período 2015-2018.

Entre 1980 e 2012 o Brasil registrou um número pavoroso de homicídios: 1.199.660 (um milhão, cento e noventa e nove mil seiscentos e sessenta). A taxa média subiu de 11,7 homicídios por 100 mil habitantes em 1980 para 29,0 em 2012. São números que não deixam dúvidas quanto à existência de uma situação de guerra civil no Brasil. Em 2012 foram 56.33 homicídios.

O total de 1 milhão de assassinados no Brasil entre 1980 e 2010 é muito superior aos números estimados de mortos em guerras civis assim reconhecidas oficialmente no período, como as de Angola (estimados 550 mil mortos entre 1075 e 2002) e Guatemala (400 mil entre 1970 e 1994).

A diminuição das agressões contra os recursos naturais não é tarefa menor para a presidente reeleita. Em todos os seis biomas brasileiros há riscos. A crise hídrica que atinge várias regiões, como o estado mais rico e populoso do país, São Paulo, ratifica a gravidade do panorama ambiental e indica a necessidade de medidas estruturantes e sustentáveis de proteção.

A redução da desigualdade no Brasil desde 2003 tem sido reconhecida por várias agências das Nações Unidas e os programas sociais desenvolvidos nos governos de Luis Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff são apontados como grandes responsáveis pela reeleição da presidente. O valor do salário mínimo de 2014 (R$ 724,00) representa, apesar de muito baixo, o maior poder de compra desde 1979, significando crescimento no poder de compra em 61% desde 2003.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), o número de pessoas consideradas extremamente pobres, aquelas com renda domiciliar per capita inferior à linha de indigência ou de miséria, caiu 65%, de 15,2% em 2003 para 5,3% em 2012. Com uma taxa média anual de crescimento entre 2003 e 2013 de 3,5%, também ampliou a inclusão social e o número de integrantes da classe C. As estimativas são de que cerca de 40 milhões de brasileiros migraram das classes D e E para a classe C.

Apesar de todos esses números, o Brasil ainda é um dos países mais desiguais e os altíssimos índices de violência confirmam essa situação. Em janeiro de 2012 o Índice de Gini atingiu 0,5190 no país. Diminuir ainda mais a desigualdade é um dos grandes desafios para a presidente reeleita.

Sobre José Pedro Soares Martins

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