Agência Social de Notícias Notícias
Articulação de organizações de todo o Brasil voltadas para a defesa dos direitos das crianças, a Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) manifestou apoio ao IV Simpósio Internacional de Acolhimento Familiar, que acontece em Campinas (SP) entre os dias 20 e 23 de março de 2023. Criada em 2007, a RNPI reúne hoje mais de 270 organizações de todas as regiões do país.
“Para nós da RNPI é de grande importância apoiarmos uma política pública de humanização que visa contribuir para a superação das desigualdades que afetam os direitos de nossas crianças”, afirma Solidade de Menezes, coordenadora da Secretaria Executiva da Rede Nacional Primeira Infância.
A coordenadora destaca ser “fundamental a consolidação dessa política pública e que cada território compreenda esta ação de acolhimento familiar como uma atitude de humanização e de corresponsabilidade social”.
Solidade Menezes nota ainda que o artigo 227 da Constituição Federal de 1988, que assegura os direitos de cidadania da infância e juventude, “além de garantir o direito à vida e à proteção, coloca também na responsabilidade coletiva que estas crianças sejam inseridas no seio familiar, que os núcleos familiares as acolham com afeto, segurança e confiança para deixá-las brincar e viver livremente os direitos de suas infâncias”.
O IV Simpósio Internacional de Acolhimento Familiar acontecerá no Centro de Convenções da Unicamp e é uma realização do Observatório da Infância e Adolescência (OiA), do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da UNICAMP (NEPP) e Instituto Geração Amanhã, e conta com patrocínio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, do Governo Estadual de São Paulo, da Prefeitura Municipal de Campinas, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), da Fundação FEAC e da Aldeias Infantis SOS, além de apoio de várias instituições.
Com inscrições esgotadas rapidamente, o Simpósio tem mais de 800 inscritos e contará com 105 trabalhos apresentados e 70 palestrantes nacionais e internacionais de seis países, em busca de troca de informações e conhecimento sobre acolhimento familiar. No Brasil, somente 5% das crianças acolhidas estão em acolhimento familiar e mudar este quadro é um dos desafios em debate no Simpósio.
