No mês de junho o Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA) sediou exposição com síntese da trajetória de Décio Pignatari, um dos nomes mais importantes da cultura contemporânea no Brasil. Com essa exposição, que teve a curadoria de João Antônio Buher, o CCLA deu mais uma amostra de seu olhar atento, cuidadoso e inquieto para todas as linguagens artísticas, uma constante em sua trajetória de 113 anos.
Décio Pignatari é um dos principais expoentes do Concretismo, ao lado dos irmãos Haroldo e Augusto de Campos. Juntos eles fundaram e dirigiram a revista “Noigrandes”, de grande importância em sua época.
Com ações na publicidade, música e literatura, com incursões pelo ramo dos ensaios, além da poesia, Décio era um crítico permanente, um agitador cultural como poucos na atualidade. Morreu a 2 de dezembro de 2012, em São Paulo, com 85 anos.
Décio Pignatari tem uma ligação histórica com o CCLA, que demonstra, assim, sempre estar aberto às vanguardas artísticas. Em maio de 1958, Décio esteve em palestra-debate no CCLA, que naquele mês foi palco de importante exposição da Poesia Concreta, que estava no seu auge. A 21 de abril de 1959 ele voltaria ao CCLA, para um Curso de Arte Contemporânea, ao lado de Waldemar Cordeiro, Damiano Cozzela e Alexandre Wollner.
O Centro de Ciências, Letras e Artes foi fundado a 31 de outubro de 1901, na cidade de Campinas, por um grupo de cientistas, artistas e intelectuais que decidiram criar uma instituição em que pudessem se reunir para o estudo e a produção de atividades científicas e artísticas.