Em novo post em seu blog, Adriana Menezes fala dos desejos da mulher. Desde a narrativa bíblica do pecado de Eva e sua condenação, até os dias de hoje onde a mulher ainda é minoria na política. Em pleno século XXI, a mulher ainda é impedida de realizar seus desejos e precisa clamar por igualdade de condições e poder de escolha. A realidade de hoje ainda gera a necessidade de eventos como a 4ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, que acontece de 10 a 13 de maio, em Brasília, para aumentar a participação feminina na política.
“O espírito revolucionário feminino é o espírito de uma transformação na direção das liberdades individuais que respeitem ao mesmo tempo a coletividade”, diz a filósofa Márcia Tiburi, mais de dez séculos depois da monja alemã Hildegarda de Bingen, que defendia que a culpa (do desejo de comer a maçã) não era da mulher, mas de Satanás, invejoso da capacidade da mulher de gerar vida.
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“Uma árvore, um fruto vermelho e o desejo.
Era isso que estava diante de mim, lá pelos anos de 1972, quando eu tinha meus 4 ou 5 aninhos. Mas só nestes três elementos se assemelhava à clássica visão do Paraíso, porque eu não estava acompanhada de Adão, nem pelada e tampouco era uma maçã. O principal ponto em comum era o desejo, o mesmo cerceado da mulher nas narrativas da criação e que, neste início do século 21, ainda precisa ser protestado pela mulher que clama por seu direito ao desejo de viver com prazer, e poder falar, decidir, amar, gozar, trabalhar, descansar, acertar e errar.”