Um ensaio sobre o olhar, ou sobre a diversidade de olhares, do povo cubano. Em sua exposição na Galeria Virtual da Agência Social de Notícias, a partir desta quarta-feira, dia 27 de junho, Regina Rocha Pitta nos brinda com sua visão crítica, sofisticada, mas em essência terna, afetiva, sobre as pessoas de Cuba. As pessoas reais, nas ruas, nas praças, em seus lares, em seus ofícios diários. O resultado é um recorte primoroso sobre a população desse país tão visado, tão olhado, mas geralmente de forma tão superficial. A fotógrafa captou a alma de Cuba, e é isso o que importa. As fotos na Galeria Virtual ASN são parte da exposição “6.380 km – de La Habana a Campinas: entre fotografias e cerâmicas”, em cartaz até amanhã, dia 28, no Laboratório de Arte – Subsolo, no Proença, em Campinas
Regina nasceu no Rio de Janeiro, mas logo foi com a família para a recém-inaugurada Brasília, onde cresceu. Há exatos 40 anos se mudou para Campinas. A fotografia como possibilidade de expressão surgiu ainda na Faculdade de Jornalismo, quando começou a frequentar o laboratório para revelar filmes e ampliar as imagens produzidas. Mas só dez anos depois, em 1994, resolveu se dedicar e aprofundar seus conhecimentos na área.
Foi então que conheceu o Atelier do fotógrafo Fabio Fantazzini e ficou lá cerca de quatro anos. “Ali minha paixão pela linguagem do preto e branco se confirmou e pude compreender melhor o processo fotográfico, as técnicas de laboratório”, explica. Ela conta que relutou muito tempo em migrar para a tecnologia digital: só fez isso em 2010.
Mas com o tempo, conta, “percebi algumas vantagens em clicar com a câmera digital, como a possibilidade de capturar as imagens em cores e depois convertê-las para o preto e branco, o que me dá a chance de escolher. Mas muitas vezes ainda me pego clicando em P&B”, confessa.
No período de 1994 a 2002, participou de diversas exposições coletivas, com temáticas variadas. Teve a oportunidade, por exemplo, de integrar a 1ª Semana de Fotografia de Campinas realizada pelo Núcleo de Fotografia de Campinas (NuFCa) que aconteceu em 1996, no Centro de Convivência Cultural. Fez também mostras individuais.
Com um ensaio sobre os sem-teto de Campinas, realizado em 1996, acabou tendo dois momentos muito significativos: expôs junto com o fotógrafo Sebastião Salgado. A primeira vez foi em 1998, quando o Diretório do Centro dos Estudantes da Pontifícia Universidade de Campinas (PUC-Campinas) realizou a exposição “Terra”. A segundo foi no SESC, em 2002, novamente ao lado do fotógrafo especialista em preto e branco, na mostra “Êxodos”.
O objetivo da Galeria Virtual ASN é apresentar e difundir o talento de artistas plásticos e fotógrafos de Campinas e região. Vários profissionais já mostraram uma amostra de seu trabalho na Galeria. Todos os trabalhos, depois de expostos, continuam à disposição dos leitores. Basta escrever Galeria Virtual no mecanismo de buscas do site www.agenciasn.com.br.
Serviço:
O quê: Exposição “6.380 km – de La Habana a Campinas: entre fotografias e cerâmicas”
Quando: de 9 a 30 de junho
Onde: Laboratório de Arte – Subsolo – Rua Proença, 1.000 – Jardim Proença, Campinas (SP)
Período de visitação e horários: às quartas e sextas-feiras (com agendamento) das 9h30 às 12h30 e das 14h às 18h; às quintas-feiras das 9h30 às 18h30 (aberto) e aos sábados das 9h às 12h (com agendamento) pelos telefones: (11) 94965-5722 / (11) 98259-0966
Evento gratuito