Agir com mais firmeza diante da crise hídrica que atinge boa parte do Sudeste brasileiro é um dos grandes desafios para os seis deputados federais e seis deputados estaduais eleitos pela Região Metropolitana de Campinas (RMC). A questão ambiental nunca fez parte da plataforma da quase totalidade desses deputados, reeleitos ou novos, mas o agravamento da crise hídrica demanda uma atenção maior desses parlamentares da Legislatura 2015-2018.
Uma das expectativas é quanto a posição dos deputados da RMC em relação ao uso do Sistema Cantareira, formado por águas da bacia do rio Piracicaba. É justamente onde está situada a RMC. Apesar disso, a região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) sempre foi preterida no uso do Cantareira, em benefício da Grande São Paulo. Os reservatórios do Cantareira chegaram a 5% neste domingo, 1 de fevereiro.
Expectativa também em relação ao rio Atibaia, um dos formadores do Cantareira e maior manancial de abastecimento de água da RMC. Continuará a devastação progressiva do Atibaia?
Os deputados federais com base na RMC e que foram reeleitos são Carlos Sampaio (PSDB) e Paulo Freire (PR). Os novos deputados federais da região são Luiz Lauro Filho (PSB) e Roberto Alves (PRB), que eram vereadores em Campinas, e Vanderlei Macris (PSDB) e Ana Perugini (PT), a primeira mulher eleita pela Câmara Federal pela RMC.
Por sua vez, os seis deputados estaduais eleitos pela RMC são Feliciano Filho (PEN), Célia Leão (PSDB), Davi Zaia (PPS), Cauê Macris (PSDB), Chico Sardelli (PV) e Rogério Nogueira (DEM). Todos foram reeleitos.
Os doze candidatos declararam, juntos, gastos de R$ 17,3 milhões junto à Justiça Eleitoral em suas campanhas. Os candidatos com maiores gastos, segundo esta prestação de contas, foram Luiz Lauro Filho (PSB), com R$ 2,9 milhões, e Carlos Sampaio (PSDB), com R$ 2,8 milhões.