O Tomá na Banda comemorou no sábado, 14 de fevereiro, 30 anos de puro Carnaval de rua. As três décadas de revitalização do Carnaval de Campinas foram lembradas com mais um desfile que atraiu milhares, desde a concentração no Centro de Convivência, no Cambuí, até as ruas centrais da cidade.
1985. Primeiro ano depois do fim da ditadura militar que por 20 anos reprimiu a alegria e a criatividade. O grupo de cantores, músicos, artistas em geral e, principalmente, amigos, que se reunia no Bar Ilustrada resolveu ir para a rua, para celebrar um Carnaval diferente. 30 anos depois, um vigor redobrado dos foliões.
Por anos o Ilustrada foi uma referência cultural na cidade, sob a liderança de Camilo Chagas, que também está na origem do Tomá na Banda. O bar foi homenageado no desfile de 2013. No ano passado, foi a vez de honrar a trajetória do próprio Camilo.
Em 2015 é o próprio Tomá na Banda que foi cultuado no desfile que começou às 14 horas, a partir da concentração no Centro de Convivência, no Cambuí. Às 15 horas começou o show com a Roda de Samba de Ido Luiz e convidados, como um esquenta refinado. Às 17 horas saiu o cortejo, por várias ruas. No retorno ao Centro de Convivência, encerramento marcado pela premiação de fantasias.
Há sete anos o Tomá conta com sua própria banda, com a reunião de 15 músicos. Tudo para animar o Carnaval de rua e garantir a continuidade da festa eterna do Bar Ilustrada, que nas décadas de 1980 e 1990 trouxe a Campinas nomes como Arrigo Barnabé, Jards Macalé, Cida Moreira, Vania Bastos, Passoca, Tom Zé, Paulinho Nogueira e Luis Melodia, entre outros.
A fina flor da vanguarda e da tradição, a essência da música brasileira. O Tomá na Banda é a continuidade dessa abertura para a diversidade cultural verde-amarela.