Respeitável público de Campinas, a cidade vai sediar entre 9 e 14 de março o Encontro Anual da Rede Circo do Mundo Brasil. Como parte da programação, no dia 9, entre 14 e 18 horas, o auditório da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp recebe o Seminário A Evolução, mudanças e desafios do Circo Social na América Latina nos últimos 10 anos e sua interface com as artes circenses, que contará com a participação do artista e educador Emmanuel Bochud, Assessor Sênior de Circo Social do Cirque du Soleil. O encontro de Campinas tende a ser um marco na afirmação no Brasil do conceito de Circo Social, a utilização das milenares artes circenses como instrumento de promoção da cidadania.
Maior referência mundial em preservação e inovação do encanto das artes circenses, o Cirque du Soleil é um dos apoiadores do evento em Campinas, ao lado do campineiro Grupo Circus (Unicamp). Para participar do seminário, basta efetuar gratuitamente a inscrição pelo seguinte e-mail: circus@fef.unicamp.br.
Cortejo – Antes do seminário, o público será recepcionado com um legítimo cortejo circense. Na cena, artistas e educadores de três instituições pertencentes à Rede Circo do Mundo Brasil (Trupe Circus, da Escola Pernambucana de Circo; Trupe Aerocircus, da Associação Londrinense de Circo; e Escola de Circo Lahêto, de Goiás) protagonizarão esquetes de palhaço, perna de pau e malabares.
Na abertura do evento, por meio da explanação de Cléia Silveira, uma das fundadoras da Rede, a plateia será convidada a refletir sobre a temática A Rede Circo do Mundo Brasil e Cirque Du Soleil: Uma Parceria de 15 anos no Trabalho com o Circo Social. Não por acaso, a mesa de exposição contará com a presença do artista e educador canadense Emmanuel Bochud, do Cirque du Soleil.
Na pauta do bate-papo, Emmanuel abordará as diretrizes básicas do circo social como instrumento eficaz para lidar com cidadania, inclusão, diversidade e arte-educação. “Já faz mais de 15 anos que nós contribuímos para o desenvolvimento do circo social no Brasil e chegamos a um ponto em que as organizações parceiras desenvolvem os seus próprios programas de formação de educadores. Esse seminário é um ponto de partida para expandir o impacto dessas ações que, aliás, já deram provas de sucesso ao longo dos últimos anos. Esse encontro permitirá à rede brasileira de circo social mostrar toda a experiência que tem, além de chamar a atenção sobre os benefícios do circo social”, diz Bochud.
Na ocasião, o canadense também dividirá com o público a experiência do Cirque du Monde, programa de ação social patrocinado pela famosa trupe do Canadá, tanto no Brasil quanto ao redor do mundo. “O Cirque du Soleil sempre teve o desejo de retribuir à comunidade e fazê-lo com ações concretas. O Cirque du Monde é uma dessas iniciativas. Trata-se de programa de ação social do Cirque du Soleil que utiliza as artes circenses como meio de intervenção junto a jovens de classes populares”, explica.
A mesa do seminário também será composta pelos pesquisadores e artistas brasileiros Zezo Oliveira (Ex-diretor da Escola Nacional de Circo da Funarte, no Rio de Janeiro, e Assessor da Secretaria de Cultura de Recife e do Governo de Pernambuco / Fundarpe), Maneco Maracá (Coordenador Executivo e Artístico do Circo Lahêto, de Goiás), Marco Bortoleto (Coordenador do Grupo de Pesquisa das Artes Circenses: CIRCUS) e Fátima Pontes (Coordenadora Executiva e Artística da Escola Pernambucana de Circo, em Recife).
Assembleia – Além do Seminário na Unicamp, o Encontro Anual da Rede Circo do Mundo Brasil terá uma assembleia, que contará com a participação de representantes das 18 intuições brasileiras integrantes da Rede. A reunião tem três objetivos: apreciação do estatuto da Rede, que está no processo de transformação em Federação; aprovação de novos membros e posse do colegiado. Na mesma pauta, a programação do evento circense também prevê atividades para a formação de educadores e coordenadores pedagógicos regionais de circo social.
Coordenadas por Emmanuel Bochud e Mariano Lopez, Formador de Circo Social do Programa Cirque du Monde, as oficinas serão realizadas na sede do ICA (Instituição de Incentivo à Criança e ao Adolescente), em Mogi Mirim (SP), entre 10 e 14 de março.
Amparada sobre a metodologia do circo social, que transforma a arte circense em eficaz instrumento para se trabalhar com cidadania, inclusão, diversidade e arte-educação, a Rede Circo do Mundo Brasil nasceu em outubro de 2000. Na época, seis instituições dividiam as mesmas diretrizes em prol de jovens de classes populares: Escola Pernambucana de Circo, Aricirco, Acende/Acess, Grupo Cultural Afro Reggae, Se Essa Rua Fosse Minha e FASE. Atualmente, a Rede é composta por 18 instituições, que se notabilizam por significativos trabalhos e ações, espalhadas pelas regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste.
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