Cidadãos de Campinas vão receber, gratuitamente, um redutor de consumo de água para uso em torneiras, confeccionado pelo Serviço Nacional da Indústria (SENAI). O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira, 24 de março, pelo diretor regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), José Nunes Filho. Os detalhes da distribuição dos redutores serão apresentados no encontro que a Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Campinas promove nesta quinta-feira, dia 26, a partir das 14 horas.
Os redutores de vazão foram desenvolvidos por alunos do Curso de Aprendizagem Industrial – Ferramenteiro de Moldes Plásticos da Escola Senai “Mario Amato”. Os kits são compostos por anéis de plástico redutores de água para torneiras de meia polegada.
O uso dos anéis redutores pode diminuir em até 50% a vazão de água, em média, no ponto em que forem instalados. A distribuição, que deve acontecer entre abril e maio, será feita em locais de grande afluência de público, como Largo do Rosário e Paço Municipal.
A indústria está consciente de que, apesar das chuvas de fevereiro e março, a crise hídrica ainda não foi superada, destacou José Nunes Filho. Ele reiterou que a indústria da região de Campinas defende a ampliação da liberação de água do Sistema Cantareira para as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). O dirigente afirmou que a indústria teme, sim, pela eventual falta de água se as condições da crise hídrica se agravarem.
Quando for discutida a nova outorga para a Sabesp continuar gerenciando o Cantareira, a indústria defenderá a liberação de 12 metros cúbicos por segundo, ou 12 mil litros de água por segundo, do Sistema para as bacias PCJ. Antes da crise hídrica, as bacias PCJ recebiam no máximo 5 metros cúbicos por segundo do Cantareira, enquanto a Grande São Paulo recebia até 31 metros cúbicos por segundo.
A crise hídrica levou à suspensão dos termos da outorga anterior. Uma nova outorga pode ser oficializada até outubro de 2015, mas o dirigente do CIESP-Campinas disse acreditar que a renovação pode ser adiada para o próximo ano. “Os gestores têm sinalizado para esse adiamento, considerando que os ânimos estão acirrados em função da crise hídrica”, acentuou Nunes Filho.