Entre 1970 e 2013, a matriz energética brasileira passou a usar mais combustíveis fósseis, como petróleo e gás, ficando portanto mais suja e aumentando significativamente a sua contribuição para a emissão de gases que alimentam as mudanças climáticas. É fundamental então ampliar o uso de energias renováveis no país e esse é o tema central do Campetro Energy 2015, que será realizado no próximo dia 11 de novembro, quarta-feira, entre 8 e 18 horas, no Expo D.Pedro.
O Campetro Energy 2015 é promovido pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – CIESP/Campinas e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Também serão realizados concomitantemente o Atendimento do Programa NAGI (Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação), Sala de Crédito e Rodada de Negócios. A expectativa é de participação de cerca de 1500 pessoas, entre empresários, gestores e diversos profissionais.
A conferência de abertura será feita pelo secretário de Planejamento Energético do Ministério das Minas e Energia, Altino Ventura Filho, que vai comentar as perspectivas de expansão do setor energético brasileiro. Haverá painéis sobre petróleo e gás, eficiência energética, energias renováveis e cogeração.
Participarão da mesa de abertura Rafael Cervone, vice-presidente do CIESP; Ubirajara Sampaio de Campos, subsecretário de Petróleo e Gás do Estado de São Paulo; José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente da FIESP e coordenador do Competro FIESP/CIESP; José Nunes Filho, diretor titular do CIESP-Campinas; Julio Diaz, diretor titular de Infraestrutura do CIESP; Samuel Rossilho, secretário de Desenvolvimento Econômico de Campinas; Juan Manuel Quirós, presidente do Investe SP; Milton Luiz de Melo Santos, presidente da Desenvolve SP; Carlos Zamboni Neto, presidente da CPFL Energia; Claudio Pimentel, gerente geral da Refinaria de Paulínia-Petrobras; e José Carlos Cavalcante, gerente regional do Sebrae-Campinas.
Matriz energética – Segundo o relatório “Energia no Mundo – Matrizes Energéticas – Matrizes Elétricas 2012-2013″, do Ministério das Minas e Energia (MME), o conjunto de energias renováveis (hidráulica e outras) somou 41% da matriz energética em 2013, contra 50,9% em 1973. Nesse período a matriz energética ficou, portanto, mais “suja”, pelo aumento da presença de combustíveis fósseis, e principalmente do gás, que ampliou sua proporção de 0,4% para 12,8%, e do carvão, com crescimento de 3,1% para 5,6%.
A participação do óleo diminuiu de 45,6% para 39,3% e nesse período foi adicionada a energia nuclear, que hoje representa 1,3% da matriz energética. Além dos 12,5% da energia hidráulica na matriz energética em 2013, o grupo das renováveis somou os 16,1% de produtos da cana, 8,3% de lenha e carvão e 4,2% de biodiesel e outros.
De qualquer modo, a matriz energética brasileira continua sendo mais limpa do que a média mundial. A matriz energética mundial era composta por 13,5% de renováveis em 2012, somando-se os 2,4% de energia hidráulica e 11,1% de outras (solar, eólica e outras). Nesse sentido houve pouca mudança em quatro décadas, pois em 1973 as renováveis somavam 12,5% da matriz energética mundial.
Em termos de geração de eletricidade no Brasil, 70.7% da energia produzida em 2013 eram derivados de fontes hidráulicas, contra 89,4% em 1973. Outras fontes alternativas representaram 9,6% da geração de eletricidade no país em 2013, contra 1,7% em 1973. Nesse sentido, houve uma queda no período, em termos de presença de renováveis na geração de eletricidade, de 91,1% em 1973 para 78,4% em 2013. Considerando a geração de eletricidade no mundo, 20,9% foram derivados de energias renováveis em 2012, contra 21,6% em 1973.