O Ministério das Cidades admitiu nesta terça-feira, 16 de fevereiro, em Brasília, que dificilmente o Brasil cumprirá as metas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab). A falta de saneamento básico adequado é uma das principais causas da proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Zika Vírus, chikungunya e febre amarela.
Nesta terça-feira o Ministério das Cidades apresentou os resultados do 20º Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto. De acordo com o Diagnóstico, 156,4 milhões de moradores em áreas urbanas no país eram servidos em 2014 pela rede pública de abastecimento de água, o que equivale a 93% dos habitantes das cidades.
Por outro lado, 96,8 milhões de moradores em áreas urbanas eram atendidos por rede de esgoto, representando 57,6% dos habitantes nas cidades. De acordo com o estudo, em 2014 mais de 2,4 milhões de moradores foram incluídos no serviço de abastecimento de água e 3,5 milhões nas redes de esgoto.
Ao apresentar os dados, o secretário nacional de saneamento ambiental do Ministério das Cidades, Paulo Ferreira, admitiu que no ritmo atual o Brasil terá dificuldade de cumprir as metas do Plansab. O Plano prevê que 93% da população das cidades tenham acesso a redes de esgoto em 2033.
“Esperamos que, com a economia melhorando, consigamos recuperar a quantidade e a velocidade dos investimentos. A iniciativa privada tem se interessado e isso complementa os investimentos. Então, vamos incentivar para que haja condições para o cumprimento das metas”, disse Ferreira, segundo a Agência Brasil.
A Agência Social de Notícias tem destacado a relevância de investimento substancial em saneamento básico, como forma de o Brasil vencer de fato a guerra contra o Aedes aegypti e outros vetores de doenças tropicais (ver aqui). O saneamento básico inclui abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, destinação adequada de resíduos e drenagem urbana apropriada.