Tráfico de pessoas é uma expressão que à primeira vista não deveria combinar com século 21, mas na prática é uma realidade que continua questionando os avanços civilizatórios em todo mundo, e no Brasil não é diferente. Para discutir o tema, que deveria instigar e provocar reflexões e políticas públicas mais sérias, o SOS Ação Mulher e Família e o Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI), de Campinas, promovem o Fórum sobre Tráfico de Pessoas no dia 6 de dezembro. Quatro dias antes da data em que é celebrada a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O evento será realizado no auditório do Senac Campinas, na rua Sacramento, 490, das 14 às 18 horas. As vagas são limitadas. Maiores informações: (19) 3232-1544 / 3234-2272.
A “Percepção da Sociedade sobre o Tráfico de Mulheres” será apresentada no fórum pela jornalista Vera Vieira, diretora executiva da Associação Mulheres pela Paz. Neste ano, a organização realizou uma pesquisa pública nacional, com o Datafolha, sobre o tema da palestra de Vera Vieira.
Por sua vez, Flávia do Bonsucesso Teixeira, professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, fará uma apresentação sobre “O tráfico de pessoas e suas implicações na sociabilidade dos travestis”. Flávia é coordenadora do Programa Em Cima do Salto: saúde, educação e cidadania, do Ambulatório Saúde dos Travestis e Transsexuais do HC/UFU e integrante da Rede de Trabalho sobre Gênero, Migrações e Tráfico de Pessoas do PAGU/Unicamp.
A palestra sobre “As Vítimas do Tráfico de Pessoas” estará a cargo do advogado Flávio Antas Corrêa, coordenador do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado de São Paulo. Flávio é especialista em Direito do Trabalho pela UniFMU e especialista em Governo e Poder Legislativo pela Unesp.
A moderação do Fórum será feita por Mirian Faury, doutora em Serviço Social pela PUC-SP, doutora em Estudos da Sociedade Latinoamericana pela Université Paris III, especialista em Psiquiatria e Psicologia do Adolescente pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e docente da Faculdade de Serviço Social da PUC-Campinas desde 1983. É avaliadora do MEC/INEP e voluntária do SOS Ação Mulher e Família.