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Exposição “Xingu Vivo para Sempre” mostra impactos da Usina de Belo Monte
Uma das fotos da Exposição Xingu Vivo para Sempre (Divulgação)

Exposição “Xingu Vivo para Sempre” mostra impactos da Usina de Belo Monte

No dia 25 de novembro, sábado, às 19h30, a Avis rara – Centro de Iniciativas Sustentáveis, em Campinas, sedia a abertura da exposição de fotografias coletiva “Xingu Vivo para Sempre”, que documentou a  “4ª Canoada pela Volta Grande do Xingu” na região amazônica. A exposição tem curadoria de Catarina Menucci,  idealizadora da Avis rara, e busca compartilhar com a sociedade a experiência marcante da expedição no Xingu, no Pará.

Serão exibidas 30 fotografias de 9 participantes da canoagem, que ficarão em exposição até o dia 25 de dezembro de 2017. As fotografias estarão à venda e a renda obtida será revertida para o Povo Juruna, da Aldeia Muratu, na Volta Grande do Xingu. A exposição tem o apoio do ISA e Aymix.

Sobre a canoada – No início de setembro de 2017, mais de 90 pessoas embarcaram em uma expedição de seis dias pela Volta Grande do Rio Xingu, no Pará, percorrendo 110 quilômetros na 4ª Canoada Xingu, organizada pelo ISA – Instituto Socioambiental e pela Aymix -Associação Yudjá Mïratu. O objetivo da expedição foi observar e monitorar os impactos provocados no ambiente e na vida dos povos tradicionais e ribeirinhos da Volta Grande do Xingu, pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Com a sensação térmica de 40º C e quase 10 horas diárias de remo, a expedição ficou marcada no corpo, na alma e na memória dos participantes.

Ambientalistas, biólogos, antropólogos, arqueólogo, geólogo, professores, jornalistas, artistas e outros pesquisadores foram guiados por indígenas da etnia Juruna na canoada, que teve também o acompanhamento da imprensa. Entre os participantes, estavam Catarina Menucci e Zsolt Tamas Makray, da Avis rara, que vivenciaram tanto a beleza indescritível da região quanto os cruéis impactos que a hidrelétrica já causou: diminuição da vazão do Rio Xingu, alteração na fauna aquática , prejudicando a sobrevivência dos povos indígenas e ribeirinhos, impactos na vegetação da borda do rio na área do barramento, dificuldade na navegação,  proliferação de mosquitos e outros desequilíbrios que podem acontecer pela falta de estudos adequados, que nunca foram feitos, para a implantação da usina. A Avis rara – Centro de  Iniciativas Sustentáveis fica na Rua Rei Salomão, 295, distrito de Sousas, em Campinas. Fone/Fax: (19) 3258-8241 | (19) 3258-9224

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