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Fliaraxá de 2018 lembra Guimarães Rosa e abre novas fronteiras para a literatura
Biblioteca no Fliaraxá do ano passado: em 2018, mais atrações no Festival em Minas Gerais (Foto Franklin Caldeira/Divulgação)

Fliaraxá de 2018 lembra Guimarães Rosa e abre novas fronteiras para a literatura

Há 110 anos, em 27 de junho nascia, em Cordisburgo, Minas Gerais, João Guimarães Rosa. Por este motivo, nesta mesma data, agora em 2018, foi marcada a abertura da sétima edição do Fliaraxá – Festival Literário de Araxá, o evento que se consolidou como um tributo à literatura e que, a partir das serras e águas mineiras, expande as fronteiras da literatura. Entre 27 de junho e 01 de julho, um timaço de autores e criadores, brasileiros e estrangeiros, vai encantar o público, cada vez mais presente no cenário histórico e deslumbrante no Grande Hotel de Araxá.

Na parte externa do Grande Hotel será instalada uma enorme livraria, a Blooks, seguida de uma aconchegante área gastronômica, regada a vinhos e música. E os premiados queijos da Canastra, é claro. Nos diversos salões e espaços internos do septuagenário hotel, cerca de 80 autores participam de encontros, palestras e mesa. Em salas menores, duas invenções: o projeto “Mastigando Autores”, onde o autor conversa descontraído com os leitores e abaixo, na livraria, o “Mastigando Leitores”, sessões ininterruptas de autógrafos. E isso é só um início.

O tema escolhido neste ano foi “Alma, Leitura e Revolução”, que dá continuidade e coerência aos conteúdos dos anos anteriores. Em 2017, “Língua, Leitura e Utopia”; 2016, “O Amor, a Leitura e as Diferenças”, como exemplos.

O idealizador, Afonso Borges, na abertura da Fliaraxá de 2017: neste ano, mais novidades (Foto Daniel Bianchini)

O idealizador, Afonso Borges, na abertura do Fliaraxá de 2017: neste ano, mais novidades (Foto Daniel Bianchini)

O time de curadores é de primeira linha. Junta-se ao idealizador do Festival, Afonso Borges, a professora  Heloisa Starling, da UFMG , o jornalista Eugenio Bucci, da USP e o  escritor Léo Cunha. Os curadores locais são Luiz Humberto França e Rafael Nolli. Já estão confirmados para o evento o angolano Gonçalo Tavares,  o mexicano/catalão Juan Pablo Villalobos e os brasileiros Leonardo Boff, Ana Maria Machado, Marina Colasanti, Silviano Santiago, Marcelo Rubens Paiva, Marcia Tiburi, José Miguel Wisnik, Pedro Bial, Cláudio Prado, Luiz Ruffato, Djamila Ribeiro, Wander Melo Miranda, Angela Alonso,  Angela Castro, Heloísa Espada, Monja Coen, Paula Pimenta, Pierre Ruprecht, Ricardo Aleixo, Humberto Werneck, Marcel Souto Maior, Rodrigo Feres, Pedro Muriel, José Benedito Donadon, a youtuber Jout Jout e toda a Família Klink –  Amyr, Marina, Laura, Marininha e Tâmara.

Entre os autores infanto-juvenis estão Marcelo Xavier, José Santos, Rodrigo Libanio Christo, Lucrécia Leite, Fernanda Oliveira (Fê Liz) e Tino Freitas. Presenças institucionais também estão sendo aguardadas, como o Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, o Secretário de Estado da Cultura, Ângelo Oswaldo, o diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, o diretor do Instituto Cervantes/RJ,  Antonio Maria Maura Barandiarán, o Conselheiro para Assuntos Culturais da Embaixada de Portugal, João Pignatelli e o diretor executivo da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto.

O Fliaraxá é uma realização da CBMM e do Ministério da Cultura, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com o apoio da Prefeitura Municipal de Araxá, Itaú, Fundação Roberto Marinho, Câmara Brasileira do Livro, Câmara Mineira do Livro, Academia Araxaense de Letras, TV Integração e Uniaraxá.

Orquestra Popular de Araxá em 2017: música -e também a famosa gastronomia mineira - também presente no Fliaraxá (Foto Franklin Caldeira/Divulgação)

Orquestra Popular de Araxá em 2017: música -e também a famosa gastronomia mineira – também presente no Fliaraxá (Foto Franklin Caldeira/Divulgação)

Patronos e Autoras Homenageadas – A data escolhida para a abertura não foi por acaso: é aniversário de João Guimarães Rosa, que nasceu há 110 anos. Por ele motivo, será o Patrono, ao lado de Graciliano Ramos que fez publicar, há 80 anos, seu mais importante livro, “Vidas Secas”. Para acontecer uma compatibilidade de gêneros, foram escolhidas não uma, mas duas autoras homenageadas que dispensam apresentações: Ana Maria Machado e Marina Colasanti. Como autora homenageada local, ninguém melhor que Leila Ferreira, e como patrono local, o poeta João Rios Montandon.

A área de Gastronomia, instalada na parte externa do Grande Hotel vai ter, este ano, o acréscimo de conteúdo focado na culinária mineira e da região, além de fazer uma comunhão com a literatura. Serão convidados chefs, especialistas, jornalistas e pessoas da área para palestras e aulas. Um projeto vai alinhar a comida dos grandes clássicos com jantares/palestras. Estão na pauta também as cervejas artesanais, os queijos e os doces.

O 7o. Fliaraxá dará continuidade às linhas traçadas com sucesso em sua sexta edição: forte presença nas escolas, professores e pais, com interlocução junto ao poder público, na área de educação; uma imensa livraria, a cargo da Blooks, do Rio de Janeiro, que venderá também livros a preços reduzidos; a continuidade do exitoso concurso de redação “Concurso de Redação Maria Amália Dumont”; integração entre a história dos patronos e autores homenageados com os alunos e as escolas; programação específica e forte dirigida às crianças e adolescentes para explicar o tema e o evento.

Além disso, foi criado o projeto “Mastigando Autores”, no qual os escritores vão conversar em um clima descontraído com os leitores durante uma hora por dia,  fora da programação convencional; o “Mastigando Leitores”, onde os autores autografam os seus livros;  o “Fliaraxá Mirim” vai construir atividades dedicadas às crianças na grama e arredores do Grande Hotel; O “Fliaraxá Turismo” vai incentivar as agências a promover visitas guiadas às fazendas produtoras de queijo e cachaça na região e na Serra da Canastra; o “Fliaraxá Empreendedor”, carregado de cursos, workshops e conteúdo, sob a responsabilidade do SESC, Senac, Sesi e Sebrae; e o  “Encontros CBL de Negócios”, a cargo da Câmara Brasileira do Livro. Além disso tudo, muita música. Afinal, é Minas Gerais.

 

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