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Governo assina nova moratória da soja na Amazônia, como parte da ofensiva para conter desmatamento
Mapa divulgado neste dia 17 de novembro pelo IBGE, sobre potencial de agressividade climática na Amazônia

Governo assina nova moratória da soja na Amazônia, como parte da ofensiva para conter desmatamento

Em meio à repercussão internacional a respeito do crescimento do desmatamento na Amazônia, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assina, nesta terça-feira, dia 25 de novembro, termo de compromisso para a nova agenda da moratória da soja. A nova agenda prevê a implementação do sistema de monitoramento da produção do grão no bioma Amazônia, prevenindo-se maiores impactos ambientais.

O acordo será firmado pelo governo federal com representantes da Associação Brasileira das Indústrias dos Óleos Vegetais (Abiove), da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e da sociedade civil.  Na ocasião, também serão apresentados os resultados do sétimo ano da moratória da soja (safra 2013-2014). O estudo se baseia em imagens de satélite para o mapeamento da soja em áreas de desmatamentos na Amazônia.

O governo federal tem feito vários gestos no sentido de garantir a continuidade da redução do desmatamento na Amazônia. No último dia 7 de novembro, foi anunciado, por exemplo, um acordo de cooperação entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), visando o aperfeiçoamento das ações de detecção de degradação da vegetação na Amazônia e que aumentará a efetividade das ações de combate ao desmatamento na região, através da integração entre os órgãos.

Na oportunidade foi anunciado o novo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real, o Deter B, cujos dados serão disponibilizados trimestralmente, em fevereiro, maio, agosto e novembro de 2015. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o novo sistema fará com maior precisão o monitoramento da Amazônia. Com o Deter B, será possível enxergar áreas de até 6,25 hectares onde houve mudança de paisagem. Antes, o sistema identificava áreas de, no mínimo, 25 hectares.

No dia 17 de novembro, o IBGE divulgou o mapa de potencial de agressividade climática na Amazônia. As áreas de maior potencial de agressividade climática no Mato Grosso, Tocantins e Maranhão coincidem com os territórios destes estados incluídos no chamado Arco do Desmatamento.

A taxa de desmatamento na Amazônia vinha decrescendo de modo substantivo desde 2004, quando superou a faixa de 25 mil quilômetros quadrados por ano, o que já havia ocorrido em 1995. Mas desde 2005 as taxas anuais médias diminuíram, até atingir   4.571km² desmatados entre 2011 e 2012. Entre 2012 e 2013 voltou a subir, para 5.891km², ou 29% a mais do que a média do período anterior.

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