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Novo Atlas do Desenvolvimento Humano do PNUD mostra menor distância entre regiões metropolitanas brasileiras
Ministério da Saúde, em Brasília, está monitorando a microcefalia e possível associação com o zika vírus (Foto Adriano Rosa)

Novo Atlas do Desenvolvimento Humano do PNUD mostra menor distância entre regiões metropolitanas brasileiras

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou nesta terça-feira, 25 de novembro, o Atlas do Desenvolvimento Humano das Regiões Metropolitanas Brasileiras. O Atlas mostra que houve uma redução da distância em desenvolvimento entre as regiões metropolitanas localizadas no Nordeste e aquelas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Entretanto, a publicação confirma que, no interior de cada região metropolitana, existem muitas desigualdades, em termos de renda, escolaridade e esperança de vida ao nascer.

Segundo o Atlas, as Regiões Metropolitanas de São Paulo, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Vitória são as de maior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Manaus, Belém, Fortaleza, Natal e Recife são as RMs com menor IDHM. O Atlas resulta de parrceria entre o PNUD, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP). Os dados são calculados com base nos Censos Demográficos de 2000 e 2010, do IBGE.

O Atlas contempla a evolução dos indicadores de desenvolvimento humano entre 2000 e 2010 em 16 Regiões Metropolitanas Brasileiras. Além disso, faz uma radiografia do IDH de sub-regiões dentro dessas regiões metropolitanas, denominadas Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs).

Na primeira etapa do projeto foram reunidas informações de 16 RMs: Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória.

“Para além de evidenciar o fato de que o país ainda tem um caminho a percorrer na redução das desigualdades em suas cidades, a intenção do Atlas é justamente ajudar no estabelecimento de políticas inclusivas que tenham como fim a melhoria das condições de vida das pessoas”, afirmou o representante residente do PNUD no Brasil, Jorge Chediek.

O conceito de desenvolvimento humano, bem como sua medida, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), foram apresentados em 1990, no primeiro Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), idealizado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, com a colaboração do economista Amartya Sen.

O IDH é composto por três indicadores, a expectativa de vida ao nascer, o acesso à educação e o padrão de vida, incluindo renda. Quanto mais próximo de 1, maior o IDH. Em 2012, o PNUD Brasil, o Ipea e a Fundação João Pinheiro começaram parceria para adaptar a metodologia do IDH Global para calcular o IDH Municipal (IDHM) dos 5.565 municípios brasileiros. Esse cálculo foi realizado a partir das informações dos três últimos Censos Demográficos do IBGE – 1991, 2000 e 2010. Agora foi calculado o IDH de 16 das regiões metropolitanas brasileiras.

Entre 2000 e 2010, a diferença entre a Região Metropolitana de IDHM mais elevado (São Paulo) e a RM de IDHM mais baixo (Manaus) caiu de 22,1% para 10,3%. Em termos de IDHM, portanto, observa o PNUD, as regiões metropolitanas estão menos desiguais em 2010 do que estavam em 2000.
Por outro lado, existem desigualdades marcantes no interior das regiões pesquisadas. Abaixo, o IDH de cada uma das regiões metropolitanas pesquisadas.
Região Metropolitana IDH 2000 IDH 2010
São Paulo 0,714 0,794
DF 0,680 0,792
Curitiba 0,698 0,783
Belo Horizonte 0,682 0,774
Vitória 0,678 0,772
Rio de Janeiro 0,686 0,771
Goiânia 0,667 0,769
Cuiabá 0,668 0,767
Porto Alegre 0,685 0,762
São Luis 0,642 0,755
Salvador 0,636 0,743
Recife 0,627 0,734
Natal 0,625 0,733
Fortaleza 0,622 0,732
Belém 0,621 0,729
Manaus 0,585 0,720

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano das Regiões Metropolitanas Brasileiras, 2014

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