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Casos de Febre Chikungunya aumentaram 28 vezes em três meses no Brasil
Distrito Federal teve três casos e Campo Grande, um: Chikungunya chega a grandes centros urbanos (Foto Adriano Rosa)

Casos de Febre Chikungunya aumentaram 28 vezes em três meses no Brasil

Em três meses o número de casos confirmados de Febre Chikungunya aumentou em 28,2 vezes no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. O país já teve o quarto maior número de casos nas Américas. É cada vez maior o temor de que a doença chegue aos grandes centros urbanos, como os de São Paulo e outros estados da Região Sudeste. Distrito Federal e Campo Grande (MS) já tiveram casos em 2014. Campinas é uma das cidades que intensificou a prevenção à dengue e Febre Chikungunya, que têm o mesmo vetor transmissor, o mosquito Aedes aegypti. Campinas passou por uma epidemia histórica de dengue no início de 2014.

Nesta quarta-feira, 7 de janeiro, o Ministério da Saúde informou que, até o dia 27 de dezembro, foram registrados 2.258 casos de Febre Chikungunya no Brasil, 28,5 vezes os 79 confirmados até 27 de setembro. Com este número, o Brasil se torna um dos países com maior número de casos da doença nas Américas. Foram 22.796 casos confirmados, mais de 1 milhão de casos suspeitos ao longo do ano em territórios americanos e 169 mortes, segundo a Organização Panamericana da Saúde (OPAS).

De acordo com a OPAS, o maior número de casos confirmados aconteceu na Guiana Francesa, que faz fronteira com o Amapá: foram 5.02o. Em segundo lugar figura Porto Rico, com 4.164 casos. O terceiro lugar é da Venezuela, que também tem fronteira com o Brasil: foram 2.303 casos. O Brasil então foi o quarto país em número de casos, ainda dependendo de confirmação da OPAS.

Dos 2.258 casos no Brasil, 233 foram por critério laboratorial e 2.025 por critério clínico-epidemiológico. Do total, 93 casos são importados, isto é, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.

Ainda segundo o Ministério, os demais 2.165 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Destes casos, chamados de autóctones, 1.146 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 816 em Feira de Santana (BA), 198 em Riachão do Jacuípe (BA), um em Baixa Grande (BA), três no Distrito Federal e um em Campo Grande (MS).

As Américas vivem uma inquietante ascenção da Febre Chikungunya desde dezembro de 2013, quando foi confirmada a transmissão autóctone do vírus no continente.  Até o dia 10 de outubro, já tinham sido registrados 748.403 casos suspeitos nas Américas, e confirmados 11.549, com 141 mortes.

A evolução da doença é ainda mais preocupante, considerando o panorama mundial. Desde 2004 o vírus havia sido identificado em 19 países. o dia 29 de agosto de 2014, a Organização Panamericana da Saúde (OPAS), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou um alerta epidemiológico, diante da iminência do crescimento do número de casos, sobretudo na América Central, Caribe e América do Sul.

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